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Startup americana promete criar leite materno sintético

BioMilq e Helaina são novas startups lideradas por mulheres que pretendem fazer leite materno sintético para suprir a escassez de fórmula no mercado americano.

23 Mai 2022 - 21h00 | Atualizado em 23 Mai 2022 - 21h00
Startup americana promete criar leite materno sintético  Lorena Bueri

A falta de leite em pó infantil nos Estados Unidos é uma questão que está em debate no país. Enquanto legisladores tentam criar políticas para solucionar o problema, Laura Katz e Michelle Egger encontraram uma oportunidade para desenvolver alternativas sintéticas ao leite materno. 

Helaina, a startup de Katz, e a BioMilq, de Egger, acumularam mais de US$ 25 milhões cada uma em investimentos de patrocinadores, entre eles Bill Gates. Embora seja arriscado apostar no leite sintético como alternativa ao natural, a expectativa sobre as empresas é grande. A aprovação do Agência de Alimentos e Drogas do país, a FDA, provavelmente virá daqui alguns anos, porém as criadoras das companhias veêm um futuro promissor pela frente. 


Leite em pó. (Foto:Reprodução/Bruno Marçal/SAÚDE é Vital)


Hoje no mercado as duas opções disponíveis para os bebês são o leite materno naturalmente bombeado ou o leite em pó infantil, que é o leite da vaca alterado quimicamente para se assemelhar ao da mãe. O projeto de Katz pretendem utilizar da fermentação de precisão para programar leveduras a fermentar em proteína do leite materno, já a BioMilq pretende criar células em laboratório capazes de produzir leite materno a partir de doações de células do tecido mamário. 

A escassez está nos mostrando o quão crítico é impulsionar a inovação neste espaço, para trazer mais e melhor acesso aos pais que precisam alimentar seus filhos com algo além do leite materno”, disse a CEO da Helaina em entrevista a Forbes. “Estamos humanizando a fórmula infantil e aproximando-a do leite materno em termos das propriedades que o leite materno traz para os bebês que o bebem”.

Já Egger ressalta “A nutrição infantil realmente não interessou empresários e investidores tradicionais porque na última década foi relegada a uma questão feminina”. A empresária continua "Não é qualquer um que pode lançar um produto de nutrição infantil, até certo ponto com razão. Isso bloqueou a inovação porque não é um processo fácil levar um produto ao mercado. Requer muito capital e conhecimento científico”.

Enquanto Helania ainda não tem data prevista de lançamento, a BioMilq prevê estréia no mercado nos próximos três a cinco anos.

 

Foto Destaque: Bebê bebendo leite. Reprodução: Elitemedical.com 

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