A safra da soja Argentina sofreu uma quebra significativa, limitando a queda nos preços da soja no Brasil.
A safra brasileira segue em bom ritmo e caminha para uma produção recorde, enquanto na Argentina o início da colheita fez com que as estimativas fossem novamente reajustadas para baixo.
De acordo com as estimativas da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a safra de soja na Argentina deverá atingir cerca de 25 milhões de toneladas, registrando uma redução de 44,4% em comparação à média das últimas cinco safras. A colheita foi iniciada em várias regiões do país, incluindo Junín, Baigorrita, Centro Leste de Entre Ríos, sul de Córdoba e La Carlota.
Safra da soja brasileira caminha para mais um recorde.(Reprodução/Istock)
De acordo com uma avaliação publicada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) na sexta-feira (31), a quebra de safra na Argentina elevou os preços do complexo soja nos Estados Unidos, limitando a queda de preços no Brasil.
Diante da queda na produção de soja na Argentina, a necessidade de importação do grão para processamento interno deve aumentar, enquanto demandantes externos de farelo e óleo tendem a se direcionar ao Brasil e aos Estados Unidos.
A Reuters consultou especialistas que afirmaram que o Brasil terá que fornecer até metade da soja que a Argentina importa para manter a produção industrial do país em andamento.
A alta externa da soja tem impulsionado a liquidez no mercado brasileiro, mas as quedas mais acentuadas nos preços foram interrompidas. Durante o período de 23 a 30 de março, houve uma diminuição de 0,7% no Indicador ESALQ/BM&FBovespa - Paranaguá (PR), com um valor de 153,06 reais/saca de 60 kg na quinta-feira.
Comparando as médias de fevereiro e março, a queda foi de 5,9%, sendo a atual a menor desde junho/20, em termos reais (com base no IGP-DI de fevereiro/2023).
Foto destaque. Soja. (Reprodução/DepositPhotos)