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Open Finance: instituições devem investir na segurança dos dados

Com o aumento cada vez maior de ataques, entidades que usam dos dados Open Finance precisam reforçar suas barreiras de proteção para proteger as informações de seus clientes.

02 Set 2022 - 11h30 | Atualizado em 02 Set 2022 - 11h30
Open Finance: instituições devem investir na segurança dos dados Lorena Bueri

O Banco Central autoriza certas instituições a compartilhar dados padronizados sobre produtos, informações financeiras e serviços. Isso é chamado de Sistema Financeiro Aberto – também conhecido como Open Finance (Finanças Abertas, em tradução literal). Esta é uma mudança dramática no mercado financeiro que o transforma em um sistema mais acessível.

O potencial do Open Finance é otimista: 760 bilhões de reais devem ser injetados no mercado de crédito nos próximos anos; 4,6 milhões de pessoas estão inseridas nesse mercado e 10 milhões de cidadãos recebem contas bancárias

O Open Finance oferece aos consumidores a capacidade de se mover entre empresas sem dificuldade. Isso também torna mais difícil para as empresas reter clientes, pois estariam competindo com outras empresas.

Como fica a segurança dos dados

A iniciativa de compartilhamento dos dados do Banco Central se enquadra na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, ou LGPD. A LGPD permite que os consumidores compartilhem informações individualizadas e seu histórico financeiro com as instituições participantes.

O Banco Central estabeleceu regras específicas para o Open Finance seguir ao compartilhar dados. Isso é feito através de interfaces de programação de aplicativos, ou APIs, que podem ser acessadas por meio de um processo padronizado.

O Conselho Monetário Nacional e o Banco Central organizam a troca de dados em um ambiente padronizado, delimitado e controlado. Isso permite que apenas instituições financeiras, fintech e de pagamento aprovadas troquem dados por meio de APIs de finanças abertas.

Os dados são pessoais e podem ser compartilhados de forma automatizada e segura. Cada pessoa escolhe com qual instituição compartilhar os dados e por quanto tempo.


homem segura celular e cartão de crédito para operar open finance

Cada pessoa escolhe onde quer compartilhar seus dados. (Foto: Reprodução/Diana Grytsuk/Freepik)


Ameaça dos hackers

Uma pesquisa realizada pela Carnegie Mellon University afirmou que o Brasil está entre os 25 países mais alvos de ataques cibernéticos. A pesquisa listou como as principais ameaças sofridas: roubo de dados em ambientes corporativos, dados de clientes finais extraídos por malware em telefones celulares e outros dispositivos móveis, ransomware e serviços cruciais ausentes devido ao sequestro de dados.

Por causa do aumento da ameaça representada pelos hackers mais organizados na dark web, as entidades que operam os dados extraídos do Open Finance devem reforçar seus sistemas de proteção. 

Os métodos de invasão cada vez mais sofisticados, torna-se uma exigência que as instituições financeiras usem medidas de segurança mais eficazes. A melhor segurança vem da implementação de boas práticas que utilizam pessoas, processos e tecnologia em conjunto. 

O estudo da Carnegie Mellon University afirma que qualquer segmento da economia afetado por uma crise deve considerar várias coisas. Isso inclui problemas relacionados à infraestrutura legada, Open Banking, dados salvos na nuvem, trabalho remoto, falta de informações e ataques direcionados.

Quaisquer vazamentos de informações por meio de violações de segurança das instituições relacionadas não podem ser considerados vazamentos de dados transacionados pelo Open Finance. Uma vez que as informações são submetidas a uma entidade, tornam-se propriedade dela, logo, ela assume a responsabilidade pelos vazamentos.

Open Finance Vs Open Banking

Embora os termos Open Banking e Open Finance pareçam semelhantes, eles se referem a coisas diferentes. 

O Open Banking lida com o compartilhamento de dados relacionados a serviços bancários tradicionais, como saldos de contas e transferências de dinheiro. Já o Open Finance trata do compartilhamento de dados relacionados a outras formas de financiamento, como seguros e previdência.

No Open Banking, as empresas compartilham dados de clientes para trocar informações cadastrais e detalhes financeiros. Os clientes têm a palavra final sobre quais empresas podem acessar seus dados e para qual finalidade. Eles também decidem por quanto tempo os dados podem ser usados ​​por essas empresas.

 

Foto destaque: Open Finance. Reprodução/Jcom/Freepik.

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