De acordo com relatório semestral “Situações e Perspectivas Econômicas Mundiais” (WESP, em inglês) divulgado na última quarta-feira (18), a economia global deve crescer 3,1% em 2022. A previsão de crescimento do relatório divulgado em janeiro era de 4%.
O 0,9% de diferença em relação à estimativa inicial é resultado da guerra Russa na Ucrânia, que além de tirar milhares de vidas na região prejudicou a economia dos dois países e comprometeu outros países da Europa e Ásia. O relatório também prevê que países da União Europeia e Europa Oriental sofrerão com a crescente inflação devido aos conflitos na região ucraniana.
Países em desenvolvimento terão crescimento de 4,1%, uma diferença de 2,6% em relação a porcentagem de economia desses países em 2021. Devido a inflação, países em que a maioria da população é pobre os salários são desvalorizados pela alta dos preços de petróleo e alimentos.
“O aumento dos preços dos alimentos e da energia tem efeitos devastadores no resto da economia e vem a representar um problema adicional no que diz respeito a uma recuperação inclusiva, uma vez que afeta desproporcionalmente as famílias de baixa renda que gastam parte mais importante de sua renda para produtos alimentícios”
Os Estados Unidos não terão grande crescimento no ano, sua porcentagem de crescimento econômico ficará em 2,6%. Com isso, bancos americanos devem subir as taxas para empréstimos internacionais em países que estão em recuperação após a pandemia.
“Os países em desenvolvimento precisarão se preparar para o impacto do aperto monetário agressivo do FED (Reserva Federal dos Estados Unidos) e implementar medidas macro-prudenciais apropriadas para conter saídas repentinas e estimular investimentos produtivos” diz o Hamid Rashid da agência de monitoramento econômico global (DESA, em inglês) um dos autores do relatório.
Crise Climática
Imagem de poluição do ar (Foto: Reprodução/ Pixabay)
Com o aumento dos preços de gás e petróleo, muitos países tentam substituir os combustíveis pela utilização de energia. A busca dos países por aumentar o fornecimento de energia irá prejudicar ainda mais a atual crise climática devido ao alto índice na emissão de dióxido de carbono (CO2). Por outro lado, o relatório indica que a alta dos preços poderá servir para que esses países busquem por mais fontes de energia renovável.
“No entanto, os países também podem abordar suas preocupações de segurança energética e alimentar – temas que vieram à tona devido a crise – acelerando a adoção de energias renováveis e aumentando a eficiência, fortalecendo assim a luta contra as mudanças climáticas”, enfatizou Shantanu Mukherjee, Diretor de Política e Análise Econômica da DESA.
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Foto Destaque: NastyaSensei/ Pexels.