Mesmo diante da desaceleração da economia brasileira, o Nubank conseguiu aumentar sua rentabilidade no final do ano de 2022. O lucro líquido ajustado foi de US$ 113,8 milhões (R$ 585 milhões) para o quarto trimestre do ano passado frente aos US$ 63 milhões (R$ 324 milhões) do terceiro trimestre.
Relacionado aos termos líquidos, o lucro do Nubank foi de US$ 58 milhões (R$ 298 milhões) nos três últimos meses do ano passado. A instituição ficou na frente dos maiores bancos brasileiros como Banco do Brasil, Itaú, Santander e Bradesco. A ROE (rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado) da Nubak no Brasil foi de 35% no trimestre.
David Vélez, CEO do Nubank. Foto: Ana Paula Paiva/Valor.
Em entrevista para NeoFeed, David Vélez, cofundador e CEO do Nubank diz que “ O mercado vem cobrando lucratividade continuamente e a gente finalmente pode demonstrar que o modelo de banco digital, uma vez que chega a determinado patamar, consegue gerar ROEs acima da indústria Tradicional”.
O valor considera o efeito contábil da finalização de um termo que previa pagamento de um bônus ao fundador David Vélez, caso metas agressivas de valorização das ações do banco fossem alcançadas, chamado de CSA pelo Nubank. O impacto do fim do CSA nas contas do Nubank no quarto trimestre foi de US$ 356 milhões (R$ 1,8 bilhão).
O banco que tem operações no Brasil, México e Colômbia comemora a rentabilidade que obteve no Brasil e enfatizando que outras unidades ainda estão em processo de fortalecimento. “O Brasil vai mostrando índices de eficiência melhores, ganhando muita eficiência operacional, financiando outras geografias. A conta gera um lucro importante que continua aumentando”, afirma Vélez.
O banco terminou 2022 com 74,6 milhões de clientes, sendo 70,9 milhões no Brasil e 3,2 milhões no México, depois de ter acrescido 4,2 milhões no quarto trimestre. Um ano antes, eram cerca de 54 milhões de clientes do Nubank.
Foto destaque: Logo marca do Nubank. Reprodução/Poder360.