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Novembro encerra com alta de 0,33% no IPCA-15, segundo IBGE

A alta ficou um pouco acima de 0,30% esperados por analistas, mas a variação dos últimos 12 meses fecha em 4,84%, próximo do teto da meta estabelecida pelo BC

29 Nov 2023 - 17h14 | Atualizado em 29 Nov 2023 - 17h14
Novembro encerra com alta de 0,33% no IPCA-15, segundo IBGE Lorena Bueri

Conhecido como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA-15 apresentou uma alta acima do esperado no mês de novembro, surpreendendo os analistas. A alta é significativa, pois o índice é um dos fatores utilizados para medir a inflação do país, então uma curva de crescimento demasiadamente exagerada pode sinalizar a existência de problemas na economia, seja no presente ou no futuro próximo.

Setor alimentício e outras áreas afetadas

O IPCA-15 apresentou um crescimento de 0,33% em novembro, em comparação com uma taxa de crescimento de 0,21% em outubro, conforme informado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) durante o relatório na terça-feira (28).

Embora não tenha sido o único setor a apresentar alta, uma parte significativa do resultado foi inflacionada devido ao grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 0,82%, representando 0,17 pontos percentuais do Índice. Outro fator decisivo para esse aumento foi o preço das passagens aéreas, que já vinha aumentando desde outubro e fechou o mês com uma alta de 19,03%, sendo a área de maior impacto no aumento do cálculo.


A variação mensal do IPCA-15 desde dezembro de 2022 (Foto: reprodução/IBGE)


Dentre os 9 setores considerados pelo índice, 8 registraram alta em novembro. No grupo de alimentos, especificamente, houve um aumento significativo nos preços do arroz (2,60%), cebola (30,61%), frutas (2,53%), batata-inglesa (14,01%) e carnes (1,42%). Alguns poucos produtos alimentícios, como o feijão carioca (-4,25%), tiveram uma baixa no índice, mas não o suficiente para estabilizar o aumento.

Apesar disso, a variação do índice nos últimos 12 meses fechou em 4,84% em novembro, em comparação aos 5,5% de outubro deste ano. Isso é positivo, considerando que a meta do teto da inflação anual é de 3,25%, com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Previsões para o futuro

Apesar da alta, analistas acreditam que a inflação do país esteja relativamente sob controle, tendo em vista a proximidade da variação do IPCA-15 ao teto da meta, além da queda nos preços de alguns segmentos importantes para a economia, como a gasolina e outros combustíveis, que são uma das maiores despesas da família brasileira, juntamente com o setor alimentício.

Contudo, espera-se que alguns segmentos do mercado voltem a apresentar alta agora no fim do ano, principalmente os produtos imobiliários e eletrônicos.

Segundo Guilherme Almeida, colunista do Diário do Comércio, isso ocorre porque muitas famílias acabam recebendo um aumento de renda temporário com o décimo terceiro, aumentando a demanda por certos produtos domésticos duráveis e utilizados durante longos períodos de tempo, como móveis, aparelhos eletrodomésticos ou recreativos.

Com o aumento na demanda, o preço desses itens tende a subir temporariamente, conforme ocorreu com os preços de ventiladores e ar-condicionado na última onda de calor que passou pelo país agora no fim do inverno.

Espera-se que essa alta seja temporária, permitindo que o IPCA-15 encerre o ano com uma alta acumulada de 4,53% e entre em 2024 com apenas 3,91%, conforme informa a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central.

Foto destaque: Supermercado em funcionamento na cidade de São Paulo (Reprodução/REUTERS/Paulo Whitaker)

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