A Nestlé, considerada uma das maiores empresas de nutrição do mundo, anunciou na última segunda-feira (23) a compra da Puravida, empresa de alimentos e suplementos naturais. O valor da aquisição não foi revelado. A compra foi feita pela Nestlé Health Science (NHSc), unidade de negócios nutrição e suplementos da companhia.
Segundo Monica Meale, executiva que comanda a Nestlé Health Science, o negócio irá possibilitar a unidade expandir seu portfólio de saúde no Brasil. Atualmente a NHSc já oferece suplementos nutricionais orais, proteínas em pó e bebidas nutricionais prontas para beber. “Essa é uma transformação de portfólio para cada vez mais a Nestlé se consolidar como uma empresa de nutrição.” A Puravida vai se unir ao portfólio de ciência e saúde da gigante de alimentos, ao lado de marcas como Nutren e Fiber Mais.
A Puravida produz alimentos orgânicos, naturais e à base de plantas, bem como suplementos nutricionais “clean label” (produtos com alimentos naturais e sem inclusão de aditivos) desde 2015. A companhia foi fundada por Flávio Passos, que desenvolveu problemas de saúde relacionados à má alimentação na adolescência. Em 2020, Aqua Capital tornou-se acionista e apoiou o crescimento e a transformação da empresa. No último ano, o faturamento da companhia cresceu 42%, para R$ 295 milhões. A expectativa é de que o crescimento de receita neste ano seja de 45%, diz Adrian Franciscono, presidente e sócio da Puravida.
A foodtech foi fundada em 2015. (Foto: Divulgação/Puravida)
A expectativa dos executivos da Puravida, uma empresa nativa digital que cresceu na pandemia, é de que a união com a Nestlé traga a expertise da companhia na presença da marca nos pontos de venda, conta Franciscono. Atualmente, a brasileira tem 160 produtos disponíveis no mercado, entre snacks saudáveis, alimentos orgânicos, alimentos à base de plantas, vitaminas e suplementos alimentares “clean label”.
A aquisição é integral, mas a Puravida seguirá com operação independente, segundo Marcelo Melchior, presidente da Nestlé Brasil A aquisição ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e a estimativa é de que a operação entre em vigor ainda no segundo semestre de 2022.
Foto destaque: A multinacional suíça é considerada a maior empresa em nutrição. Reprodução.