Nesta semana, a Microsoft anunciou seu plano de investimento na Alemanha que poderá ultrapassar a marca dos €3,2 bilhões. O objetivo é dobrar as capacidades da empresa dentro do país, especificamente o desenvolvimento de Inteligência Artificial, dobrar a infraestrutura do país construindo e desenvolvendo mais centrais de dados, junto com o treinamento e empregabilidade de mais de 1 milhão de pessoas para ocupar os novos postos. O vice-presidente da Microsoft, Brad Smith, disse que a Alemanha está “constantemente na vanguarda” do progresso científico e busca “ajudar a construir a infraestrutura para ajudar a economia alemã” (sic).
Sede da Microsoft em Redmond, Washington (Foto: reprodução/CoolCaesar/Wikipedia)
A perspectiva da Microsoft
Além do anúncio relacionado ao valor investido e para que será investido tal valor, também foi anunciado onde serão construídas todas as estruturas sobre as quais fala Brad Smith. Com foco na região mais populosa e com maior tradição industrial da Alemanha, a saber, a Renânia do Norte-Vestfália, a Microsoft busca se aproveitar da vasta população com alta formação acadêmica para integrar os programas de treinamento voltados para IA, cujo previsão será de 1,2 milhões de novos empregos. Este será o maior investimento que a Microsoft faz na Alemanha em seus 40 anos de história, aproximando-a, a partir dessa nova etapa, uma maior aproximação da empresa com outras gigantes da região como a Bayer, que faz parte da chamada big pharma, e a RWE, grande empresa produtora de energia nuclear e energia renovável.
A perspectiva alemã
A Alemanha vive a maior estagnação de sua economia em 20 anos, principalmente após as sanções contra a Rússia e os problemas com a Nordstream 1 e 2, afetando o acesso à energia e, com isso, o aumento dos custos da economia em geral. Com isso, o Chanceler Olaf Scholz vê o anúncio como um “bom comprometimento com o progresso, crescimento, modernidade e abertura global”, já que a Alemanha busca firmar o seu compromisso com a “economia aberta” e ser vista como tal.
Foto Destaque: Vice-presidente da Microsoft Brad Smith, à esquerda, e o Chanceler Olaf Scholz, à direita (reprodução/Kay Nietfield/Picture Alliance)