As ações da Meta, anteriormente conhecida como Facebook, experimentaram um notável aumento de mais de 20% nesta sexta-feira (02), marcando seu maior ganho percentual diário em um ano. Este movimento impulsionou o valor de mercado da empresa em mais de 200 bilhões de dólares, consolidando sua posição no cenário empresarial.
Dividendos e recompra de ações
A Meta aprovou um adicional de 50 bilhões de dólares em recompras de ações, além de estabelecer um dividendo trimestral de 0,50 dólar por ação, momentos antes de comemorar seu 20º aniversário. As ações da Meta, por volta de 14:20 (horário de Brasília), registraram um avanço de 21,47%, atingindo 479,54 dólares.
A Meta é a primeira entre os gigantes da internet de sua geração a pagar dividendos e a quarta das chamadas “Magnificent Seven”, de acordo com dados da LSEG. A decisão de retornar dinheiro aos acionistas foi bem recebida pelos analistas. Sophie Lund-Yates, analista de ações da Hargreaves Lansdown, afirmou que essa medida é considerada ousada e positiva.
O plano de dividendos terá um impacto significativo no CEO Mark Zuckerberg, detentor de cerca de 350 milhões de ações Classe A e Classe B da Meta, podendo receber aproximadamente 175 milhões de dólares a cada trimestre.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta (foto: divulgação/Instagram/@Zuck)
A estratégia da Meta de anunciar recompras de ações e dividendos antes do início do corte de juros pelo Fed foi elogiada por analistas. Thomas Monteiro, analista do Investing.com, destacou que, em meio à crescente competição pela inovação no espaço das Big Tech, os investidores veem o capital extra como "dry powder" para o crescimento futuro dos lucros.
Investimentos em inovação e expansão
Os resultados do quarto trimestre revelaram fortes vendas de anúncios e uma recuperação no crescimento de usuários, impulsionando a receita da companhia em 25%. Além disso, a previsão da Meta para a receita do trimestre atual superou as estimativas dos analistas.
A Meta também sinalizou uma eficiente gestão de custos, com uma queda de 8% nas despesas após a eliminação de mais de 21.000 empregos desde o final de 2022. Este ajuste permitiu à empresa triplicar seu lucro líquido para 14,02 bilhões de dólares.
Jasmine Enberg, analista da Insider Intelligence, destacou que o "Ano da Eficiência" da Meta resultou em uma redução de funcionários e custos, superando as expectativas para a receita publicitária durante todo o ano de 2023. A empresa, líder mundial em redes sociais, tem investido bilhões na expansão de sua capacidade computacional para produtos de inteligência artificial e em dispositivos de hardware, como os óculos inteligentes Ray-Ban.
Foto destaque: Meta deixa marco histórico (Reprodução/REUTERS/Dado Ruvic/Illustration)
