Em uma medida destinada a apoiar a estabilidade do mercado de petróleo, a Arábia Saudita e outros países produtores de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP+) anunciaram cortes voluntários em sua produção a partir de maio até o final de 2023.
Arábia Saudita lidera o corte de produção de barros de petróleo. (Reprodução/Istock)
A Arábia Saudita lidera a ação, informando que reduzirá sua produção em 500 mil barris por dia (bpd). O vice-primeiro-ministro da Rússia também afirmou que Moscou estenderá um corte voluntário de 500 mil bpd até o final de 2023. Os Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Iraque, Omã e Argélia seguirão o mesmo caminho, com cortes variando de 40 mil bpd a 211 mil bpd.
A incerteza ainda paira sobre a economia global, especialmente em relação à recuperação da China, maior importador de petróleo e cliente mais importante da Arábia Saudita, após lockdowns rigorosos de "covid zero".
Além disso, é difícil avaliar o impacto que a recente crise no setor bancário terá na demanda geral de petróleo. Os preços estavam caindo, mas se recuperaram ligeiramente nos últimos dias, com a diminuição dos problemas bancários.
A OPEP+ produz cerca de metade do petróleo mundial e não tinha uma reunião formal de ministros do petróleo agendada até junho. No entanto, os sauditas aparentemente decidiram que uma ação era necessária para manter a estabilidade do mercado.
A medida é uma resposta à queda na demanda de petróleo causada pela pandemia da COVID-19, que levou a um excesso de oferta e queda nos preços do petróleo no ano passado. A decisão da OPEP+ de cortar a produção ajudou a elevar os preços do petróleo, mas também pode incentivar mais investimentos e produção de outros produtores, como perfuradores de óleo de xisto nos Estados Unidos.
Os cortes voluntários na produção podem ajudar a estabilizar o mercado de petróleo, mas os produtores de petróleo ainda enfrentam desafios significativos no futuro próximo. A economia global continua incerta e a demanda de petróleo ainda é vulnerável a mudanças na situação sanitária e econômica.
Foto destaque.Extração de petróleo. (Reprodução/ Istock )