No último mês de fevereiro, os EUA viram os preços de produtos importados subirem. Entretanto, esse foi um aumento marginal, ou seja, houve uma alta nos custos de produtos petrolíferos e seus derivados, mas que foi parcialmente compensado pela diminuição nos preços de outros produtos menos diretamente ligados ao petróleo. Segundo os analistas, isso representa um bom indicativo para as perspectivas com a inflação. Os preços de produtos importados cresceram em média 0,3% no último mês, menor que a pequena elevação de 0,8% em janeiro.
O prédio Marriner S. Eccles, sede do FED, em Washington, DC ((Foto: reprodução/Moriah Ratner/Bloomberg/Getty Images)
Inflação, taxa de juros e as importações
A inflação é uma preocupação para a economia americana desde 2020, sendo esses primeiros meses de 2024 um respiro para a economia americana por voltar a ter números representantes de uma economia que vem melhorando. Dentre eles está a análise dos últimos 12 meses até fevereiro e a flutuação dos preços de importados durante este período: os preços caíram 0,8% após a queda de 1,3% em janeiro, enquanto o preço de todos os importados, excluindo combustível e alimentos, caíram cerca de 0,7%; o preço dos combustíveis, por sua vez, subiram 1,8% em fevereiro, enquanto o preço dos alimentos aumentou 1,1%.
O FED e o mercado
Uma das atitudes do FED (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) para controlar a inflação crescente no país desde 2020 foi o aumento da taxa de juros para a faixa de 5,25% e 5,5%. Entretanto, isso afeta diretamente o custo de empréstimos, gerando uma pressão dos mercados financeiros para que o FED abaixe as taxas de juros, porém, com a economia americana melhorando nos últimos meses e pelo que foi dito em sua última reunião, a visão da instituição é que este é um momento de “cautela”, já que mexer nas taxas de juros agora pode atrapalhar todo o processo de recuperação da economia, principalmente em ano de eleição.
Foto Destaque: Jerome Powell, presidente do FED (Reprodução/Anna Moneymaker/Getty Images)