Segundo projeções da JP Morgan, empresa bancária e gerente de investimentos, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para 2025 deve ser 0,4% maior do que o previsto originalmente, chegando a 2,3%. Em contrapartida, a estimativa de inflação para o ano de 2026 passou de 3,2% para 3,6%.
Expectativas para os próximos meses
A instituição acredita que as mudanças no cenário global, especialmente no relacionamento com os Estados Unidos e China, podem ser um dos principais fatores para o crescimento do Produto Interno Bruto, que mede o valor monetário dos bens e serviços de um país, nos próximos meses de 2025. Concessões na recente guerra comercial entre Estados Unidos e China foram uma importante mudança no cenário.
Placa da JP Morgan (Foto: reprodução/ subman/ Getty images embed)
O crescimento da produção agrícola nacional, um dos mais importantes pilares da economia brasileira, também irá contribuir para o crescimento do PIB, conforme a JP Morgan, estabilizando alguns danos causados por questões internas.
Na nova revisão, o banco mantém suas expectativas de crescimento de 1,9% nas atividades econômicas internas do país, que poderão incluir altos e baixos considerando os últimos desempenhos da América Latina. A pesquisa aponta que o ciclo de flexibilização proposto para novembro deste ano pelo Banco Central poderá estimular a economia do país.
Projeções para inflação
A pesquisa da JP Morgan prevê um aumento de 0,4% na inflação brasileira para 2026. O Banco Central divulgou recentemente, por meio do Boletim Focus, pesquisas semelhantes, afirmando uma leve baixa na inflação de 2025, porém projetando uma alta para 2026, que poderá chegar a 4,51%. A pesquisa do BC considerou as mudanças no padrão dos índices inflacionários, incluindo a nova meta contínua da inflação, que estipula um número máximo na inflação contabilizada mês a mês, e os novos objetivos econômicos do país.
O Banco Central deixou de fora do relatório questões e projeções mais detalhadas envolvendo a taxa Selic. Ambas as pesquisas apontam uma possível mudança nos paradigmas segundo os próximos acontecimentos da guerra comercial.
Foto destaque: fachada da JP Morgan (Reprodução/ winhorse/Getty Images Embed)