Com a instabilidade econômica abalando o mercado mundial, muitos estão passando a questionar suas prioridades quanto aos gastos individuais. Os serviços de streaming não diferem, e hoje passam por um período de dificuldades no nicho de entretenimento.
Com a nova geração conectada à internet, é nítido a diferença entre o mundo online e offline. Com o grande aumento de serviços de streaming, o consumidor passa por questionamentos ao escolher o melhor pacote que inclua todos seus interesses. Hoje, assinar mais de um plano pode custar até 10% de um salário mínimo, e os preços das plataformas seguem em um aumento gradual por conta da inflação no mercado brasileiro.
Nos últimos nove meses, plataformas como a Amazon, Disney Plus, Netflix e Hulu anunciaram aumento em suas taxas ser serviço. Especialistas alertavam que empresas como o Amazon Prime poderiam ter uma alta de cancelamento pelos clientes se incrementassem preços acima de 30%.
A nova temporada de Stranger Things saiu em maio deste ano. Foto: Divulgação/Netflix.
O investimento na criação de conteúdo premium é um dos diversos métodos que estão sendo utilizados para mantêr o cliente nos planos atuais. De acordo com a Indiewire, em 2021, a Disney chegou a gastar quase US$ 25 bilhões em conteúdo, e a Amazon Prime alcançou a casa dos US$ 13 bilhões.
Anunciado como medida de controle, a Netflix diz que não iria investir em "filmes caros e vaidosos, como O Irlandês" e pretendem no futuro focar em produções com grande público como Não Olhe Para Cima e Alerta Vermelho, embora tenham lançado mês passado uma nova temporada de Stranger Things onde o orçamento total fechou em US$ 270 milhões de dólares.
Hoje, a estratégia das plataformas são oferecer como isca para seus clientes planos e pacotes que possam atrair as vendas e dar um desconto ao comprador, porém esta prática também está caindo em desuso e se prova pouco eficiente na era do streaming.
Foto Destaque: Plataformas de Streaming. Reprodução/Glenn Carstens-Peters