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G20 aprova 10 princípios para desenvolver bioeconomia mundial

O texto aprovado traz inovações sustentáveis e troca de experiências entre nações, sendo apresentado na Cúpula do G20 em novembro no Rio de Janeiro

13 Set 2024 - 08h00 | Atualizado em 13 Set 2024 - 08h00
G20 aprova 10 princípios para desenvolver bioeconomia mundial Lorena Bueri

Representantes do G20, que inclui as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e a União Africana, aprovaram, na quarta-feira (11), uma declaração contendo 10 princípios para o desenvolvimento da bioeconomia. Essa declaração foi resultado da 4ª reunião da Iniciativa de Bioeconomia do G20 (GIB), que aconteceu desde o início da semana na cidade do Rio de Janeiro, onde o Brasil, atual presidente do grupo, celebrou a criação do consenso como uma conquista histórica. 

A bioeconomia foca em inovações sustentáveis ​​que utilizam recursos biológicos, buscando substituir materiais-primas fósseis por alternativas menos poluentes.

Durante a reunião, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, enfatizou a importância da colaboração entre os países e áreas-chave como economias florestais, uso sustentável da biodiversidade e biotecnologia. Ela ressaltou que os princípios estabelecidos visam servir como diretrizes para o avanço da bioeconomia em suas diversas formas, destacando que este é o primeiro documento multilateral sobre o tema.

Elaboração do documento

Na quarta-feira (11), representantes dos 19 países membros do G20, juntamente com a União Europeia e africana, se reuniram para elaborar um conjunto contendo dez princípios orientadores para o desenvolvimento da bioeconomia global, no intuito de ser apresentado na Cúpula prevista para novembro no Rio de Janeiro, sendo necessária a aprovação unânime dos integrantes do grupo. 

Este documento, resultado da quarta reunião da Iniciativa do G20 sobre Bioeconomia (GIB), realizada no Rio de Janeiro desde segunda-feira (9), enquanto as três reuniões anteriores ocorreram por videoconferência, visa promover a cooperação técnico-científica entre os países e estabelece diretrizes comuns em áreas estratégicas, como biocombustíveis, biodiversidade e biossegurança. 

Na reunião, a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, declarou: “na Iniciativa de Bioeconomia do G20, focamos na troca de experiências entre os países, abordando questões essenciais, como economias florestais, uso estratégico da biodiversidade, incluindo o patrimônio genético e o saber tradicional associado à biotecnologia, bioindustrialização e biossegurança, entre outras áreas cruciais. Nossa meta agora é estabelecer princípios orientadores que servirão como base para o desenvolvimento da bioeconomia em suas diversas facetas” .


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Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, fala durante evento do G20 (Foto: reprodução/Tuane Fernandes/Bloomberg/Getty Images Embed)


A bioeconomia é um conceito que abrange inovações baseadas em recursos biológicos, resultando em produtos, processos e serviços mais sustentáveis. “Esse conceito não só promove o crescimento econômico, mas também se constitui como uma ferramenta essencial de transformação ecológica, abrindo caminhos para uma sociedade mais justa e sustentável”, explicou Marina.

A ministra enfatizou que a bioeconomia fortalece os fundamentos de uma economia mais ética, inclusiva e regenerativa. “Esse novo ciclo de ameaças não pode deixar ninguém para trás. É fundamental que a exploração dos recursos naturais também sirva como um meio de inclusão para aqueles em situação de vulnerabilidade”, destacou.


Vídeo de apresentação sobre bioeconomia (Vídeo: reprodução/G20 Brasil/YouTube)


Aprovação do documento

Ainda na quarta-feira (11), os representantes do G20, de forma unânime, aprovaram esse conjunto de dez princípios que guiarão o desenvolvimento da bioeconomia. O documento aprovado será submetido à Cúpula do G20, que acontecerá em novembro na cidade do Rio de Janeiro.


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Placa do Grupo dos 20 no Rio de Janeiro, Brasil, 2024. (Foto: reprodução Kira Hofmann/Photothek/Getty Images Embed)


Os dez princípios aprovados têm o potencial de gerar um impacto positivo no cenário global ao promover a cooperação internacional em ciência e tecnologia, fortalecendo a produção de conhecimento conjunto e o desenvolvimento sustentável das economias nacionais. O documento completo, “GIB-G20-Brasil-High-Level-Principles.pdf” , acessível ao público para download, reflete o compromisso do G20 com uma abordagem inovadora e integrada na busca de soluções para desafios ambientais e econômicos globais.

Os princípios estabelecidos

A declaração intitulada "Princípios de Alto Nível sobre Bioeconomia" representa um consenso entre os países do G20, abordando questões cruciais para a sociedade contemporânea. Entre os principais compromissos, destacam-se a erradicação da fome e da pobreza, a inclusão de povos indígenas e comunidades locais, a mitigação das mudanças climáticas, a conservação da biodiversidade e a promoção de práticas de consumo e produção sustentável. A declaração enfatiza a importância de utilizar metodologias transparentes para avaliar a sustentabilidade das cadeias de valor e ressaltar a inovação por meio da cooperação internacional, dentre outros temas. 

Criação do GIB

Outro avanço importante apresentado pela presidência brasileira no G20 é a criação do Grupo Interino de Bioeconomia (GIB), que visa promover o diálogo sobre questões relacionadas à bioeconomia entre os países. A 4ª reunião do GIB contou com a participação da Ministra do Meio Ambiente e Mudanças do Clima do Brasil, Marina Silva, e teve como objetivo promover a troca de experiências bem-sucedidas entre as nações. Essa busca iniciativa fortalecer a colaboração e o desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios que a bioeconomia apresenta globalmente.


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Lente de especificação focando sobre uma folha em um laboratório. (Foto: reprodução/Digital Vision/Guido Mieth/Getty Images Embed)


O G20 é formado pelas 19 principais economias do planeta, com a União Europeia e, mais recentemente, a União Africana, consolidando-se como um fórum de discussão global para questões económicas, sociais e de desenvolvimento. Em dezembro de 2023, o Brasil assumiu a presidência do grupo, sucedendo à Índia, marcando a primeira vez que o país se tornará líder no formato atual, previsto em 2008. No final do ano, o Rio de Janeiro sediará a Cúpula do G20, onde a presidência será passada para a África do Sul.

Foto destaque: menina segura uma plantinha com as mãos. (Reprodução/Andreswd/Getty Images Embed)

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