O ouro é um metal universalmente valioso desde a origem dos tempos. Por isso, é visto por muitos como um modelo de investimento. No entanto, assim como as demais formas de aplicação de capital, investir no metal precioso apresenta riscos e taxas para o comprador.
Como funciona o investimento em ouro
O modelo de investimento se baseia na aquisição do ouro, podendo esta ocorrer de forma física ou de título de modo que simbolize a quantidade do metal precioso em fundos, contratos futuros ou certificados.
Essa compra do ouro ocorre visando lucrar com as variações do metal no mercado. Nesta sexta-feira (27), a cotação do bem está em torno de R$ 316 por grama, levando em conta uma pureza de 24k. Além disso, a aquisição também serve como meio de proteção ao patrimônio mediante à inflação e às oscilações cambiais.
Inclusive, essa estratégia dos investidores de utilizar o ouro como forma de proteger os investimentos contra riscos de flutuações no mercado é muito implementada, uma vez que o poder de compra do metal precioso tende se manter estagnado ou aumentar ao longo do tempo, sem que haja variações da economia, da política ou das crises.
Esse fenômeno observado na cotação do ouro ocorre por conta da natureza do metal ser um recurso raro no planeta, ser valorizado universalmente, não depender de instituição financeira, empresa ou governo, ser um bem tangível e servir como garantia para firmar determinados negócios.
Assim como qualquer outro investimento, o ouro também apresenta riscos. (Foto: reprodução/Pixabay/PIX1861)
Como aplicar dinheiro em ouro
Antes de pensar no investimento, é necessário ter em mente que, assim como qualquer aplicação, o ouro pode apresentar resultados positivos ou negativos, uma vez que o ativo tem cotação em bolsa e, por isso, pode apresentar variáveis. Porém, independente do lucro, o investimento já demanda certas taxas. Esse investimento pode ocorrer de algumas formas no Brasil, que apresentam variações mediante ao meio de aquisição, custódia, negociação e tributação do metal.
O primeiro meio é através da aquisição do ouro físico. Essa forma demanda certos cuidados em relação à procedência, qualidade e autenticidade do metal. O ativo também precisa ser guardado em uma instituição custodiante. Ao guardar o ouro, a organização exige uma taxa de custódia mensal do investidor que é calculada sobre o volume do metal. A variação desse valor circula em torno de 0,07% e 0,20%, isto é, para uma aplicação de 1 grama de ouro, custando em torno de R$ 316, essa despesa seria de R$ 0,63.
Também é possível adquirir o metal por meio de contratos futuros, que funcionam como acordos de compra e venda do bem a partir de uma data futura. Com isso, o preço do metal passa a ser pré-fixado. Essa modalidade de compra ocorre com a empresa B3, que é “uma das principais empresas de infraestrutura de mercado financeiro no mundo”. Para isso, é exigido do comprador um depósito de margem que funciona como garantia caso seja necessário cobrir prejuízos.
Outra forma de aplicação é por meio dos fundos de investimento, que constituem os recursos dos cotistas em ativos relacionados ao ouro. Esse modelo é administrado por gestores profissionais, que irão cuidar do bem para o possível comprador. Assim, não ocorre contato de primeiro grau entre o investidor e o ouro, já que a troca financeira ocorre por meio das cotas do fundo.
Além desses meios listados, também é possível investir em ouro no Brasil por meio do Exchange Traded Funds (ETF), do Brazilian Depositary Receipt (BDR) de mineradoras e de certificados.
Foto Destaque: Uma das formas de adquirir o metal físico é através de barras de ouro. Reprodução/Vecteezy/nadn77017406055)
