A plataforma X, conhecida anteriormente com a rede social Twitter, e o proprietário Elon Musk solicitaram a um juiz federal do Estado de Delaware - Estados Unidos, que rejeitasse a ação judicial instaurada por seis ex-funcionários da empresa em maio deste ano, alegando que não foi cumprida a promessa de pagamento de indenização aos funcionários demitidos.
Segundo pedido apresentado ao Tribunal Federal de Delaware, a empresa X afirmou que os ex-funcionários desse processo não faziam parte de um acordo de fusão realizado em 2022 entre o antigo Twitter e uma holding em que Musk é dono, e por isso, os autores da ação não podem processá-los por aparentemente violá-los.
Elon Musk comprou o Twitter em outubro de 2022 (Foto: reprodução/Open Online)
Os advogados de Elon Musk afirmaram, em um pedido separado, que as alegações dos autores deverão ser rejeitadas, já que o empresário não chegou a assinar nenhuma cláusula no acordo de fusão que envolvia algum benefício aos funcionários, nem mesmo o pagamento de indenização por demissão, que foi referido na ação.
Os ex-funcionários, que atualmente são os autores do processo, ocupavam cargos de liderança dentro da empresa Twitter e afirmam que após perderem seus empregos em novembro do ano passado, a empresa não os pagou suas respectivas indenizações.
Detalhes importantes
Os benefícios que estão sendo solicitados na ação são referentes a um plano de indenização que foi criado pela plataforma em 2019 e diz que se caso algum funcionário fosse demitido, a maioria deles receberiam dois meses de salário e uma semana de pagamento para cada ano em que trabalharam na empresa.
A ação instaurada pelos ex-funcionários afirma que Elon Musk e a empresa Twitter devem pagar um montante de US$498 milhões, o que equivale a 2,4 bilhões de reais referente a esses benefícios que, segundo eles, não foram recebidos.
Em nove meses, cerca de 80% dos funcionários foram demitidos. (Foto: reprodução/Observatório de Games)
A supervisora dos serviços de benefícios aos funcionários, Courtney McMillan foi demitida em janeiro pela plataforma e foi quem instaurou o processo no Tribunal Federal. Ela afirma que a rede social X realizou pagamento de apenas um mês de indenização a alguns funcionários, enquanto outros, não receberam nenhum pagamento.
Processo semelhante
A empresa anteriormente conhecida como Twitter passou por um sério processo de cortes desde que a plataforma foi comprada por Elon Musk em outubro do ano passado. Em nove meses, foram demitidos cerca de 80% dos funcionários.
O ex-diretor sênior de remuneração e incentivos do Twitter, Mark Schobinger, mais um que foi demitido, instaurou em junho uma ação judicial bastante semelhante à ação de McMillan, também alegando que não foi pago aos funcionários o bônus referente ao ano de 2022.
Foto destaque: Elon Musk e a empresa X, antiga plataforma Twitter. Reprodução/X/@elonmusk/Montagem por Brenda Terra