A China é um dos principais consumidores de petróleo no mundo e suas perspectivas para o segundo semestres de 2024 havia impulsionado o mercado petroleiro no início do ano. Porém dados recentes indicam que o mercado chinês não atenderá as expectativas estipuladas, diminuindo a demanda pelo produto e consequentemente o seu preço.
Novas metas
Apesar de ainda ser considerada a segunda maior economia do mundo, o setor financeiro do país cresceu menos do que foi esperado pelos especialistas nesse segundo semestre, diminuindo a produção em vários setores, inclusive nas refinarias, que caiu 3,7%.
O recente acordo da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que havia estipulado um corte controlado na oferta do material para melhor manuseamento dos preços, deixou o mercado tranquilo quanto ás perspectivas para o final de 2024.
Esta tranquilidade foi frustrada pela nova demanda chinesa, diminuindo os preços dos barris:
- Brent (Classificação do petróleo cru): caiu 0,2% custando US$ 84,85 o barril
- West Texas Intermediate (WTI, fluxo de petróleo bruto produzido nos EUA): caiu 0,4% custando US$ 81,91 o barril.
Além da questão chinesa, o mercado também reagiu às preocupações sobre os conflitos no Oriente Médio. Recentemente uma das rotas dos navios que carregavam petróleo foi atacada, forçando o serviço de transporte a procurar outras rotas, fato que atrasou algumas entregas.
China trará novas atualizações
É esperado que semana que vem a China divulgue novas informações sobre os seus próximos passos. Tais declarações podem estabilizar o mercado e trazer uma projeção mais concreta para o futuro.
Exportação na China (Foto: reprodução/Twenty47studio/Getty Images Embed)
“É provável que os decisores políticos continuem com a emissão de títulos especiais para investimento em infraestrutura e indústria, para cumprir a meta de crescimento de cerca de 5% para este ano”, declarou a planetária chinesa de acordo com a Pantheon.
De acordo com Giovanni Staunovo, analista do UBS, "Os dados chineses, incluindo operações de refinarias e importações de petróleo, não são favoráveis. Mas o crescimento da demanda em outros lugares ainda é saudável."
Especialistas sugerem que ainda assim a oferta deve ser maior que a demanda no segundo semestre de 2024.
Foto destaque: estação de petróleo da Petrobrás (reprodução/agência Petrobrás/EPBR)