O dólar fechou esta segunda-feira (15), em alta. A moeda norte-americana foi cotada em R$ 5,4448, apresentando aumento de 0,26% em comparação a última sexta-feira (12). Além de outros fatores pelos quais a moeda segue em alta nos últimos meses, o mercado também responde ao atentado sofrido por Donald Trump. O ex-presidente dos Estados Unidos é favorito para assumir a Casa Branca nas eleições em novembro.
Dessa forma, existe uma expectativa de maior autonomia econômica por parte das empresas caso Trump seja eleito. Isso deu força às ações na bolsa de Nova York e, consequentemente, ao dólar. Consultor econômico da “Remessa Online”, André Galhardo comentou a relação entre o atentado e a resposta do mercado (via “IstoÉ”)
“O atentado ao presidenciável Donald Trump (Partido Republicado) foi o principal evento que refletiu a valorização do dólar diante de praticamente todas as moedas”.
Retrospecto nos últimos meses
A moeda americana segue acima dos R$ 5,00 desde março deste ano. A alta é resultado, principalmente, do aumento da taxa de juros nos Estados Unidos. O investidor enxerga essa possibilidade com maior segurança. Sendo assim, a oferta do dólar em outros países diminui e seu preço aumenta. Apesar disso, a moeda acumula baixa de 2,61% no mês de julho.
O brasileiro sofre o impacto da alta em seu cotidiano. Alimentos com insumos importados aumentaram seu preço; e como exportar se tornou rentável, a oferta interna diminuiu. Por exemplo, pães, massas e biscoitos foram afetados devido ao preço do trigo importado.
Dólar fechou em R$ 5,44 nesta segunda-feira (15) (Foto: reprodução/geralt/Pixabay)
Ibovespa segue em alta
O indicador mais importante do desempenho médio das ações negociadas no país seguiu crescente. Foi a décima primeira alta de maneira consecutiva, igualando recorde estabelecido entre o fim de 2017 e início de 2018. Ainda que o ganho no mês de julho seja de 4,03%, o Ibovespa acumula perdas de 3,94% em 2024.
A alta momentânea reflete atitudes do governo nas últimas semanas, como o corte de gastos anunciado e o andamento da reforma tributária, aprovada na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (10). O modelo reduziria impostos - parcialmente ou por completo - em cima de diversos alimentos.
Foto Destaque: Dólar e Ibovespa fecham segunda-feira (15), em alta (reprodução/AuraFinance/Pixabay)