Diante o real, dólar à vista fechou o dia em alta na última segunda-feira (27), cotado a R$ 5,20, ou seja, uma alta de 0,16%, em contraposição ao exterior, onde a perspectiva que dominava era de baixa para a moeda norte-americana.
O fechamento em alta aconteceu mesmo depois do Ministério da Fazenda anunciar que o governo retomará a cobrança de impostos federais sobre os combustíveis. O comunicado sobre o fim da desoneração dos combustíveis foi feito no fim da tarde da última segunda-feira (27), decisão que agradou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Na última sexta-feira (24), após uma alta de 1,22% do dólar, os investidores iniciaram seus negócios ontem (27) com cautela. As atenções se concentravam em Brasília, onde Haddad e o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, negociavam acerca dos impostos sobre a gasolina e o etanol.
Ministério da Fazenda anuncia fim da desoneração dos combustíveis. (Foto: Reprodução/Gazeta do Povo)
Mesmo com receio de que a desoneração continuasse, o que poderia pesar os cofres federais, o dólar permaneceu estável. O diretor da Correparti Corretora, Jefferson Rugik, afirmou que “o que a gente acha é que o mercado de câmbio está trabalhando com um pouco de proteção, por conta da indefinição por parte do governo nesta história dos combustíveis”.
A cobrança de impostos sobre a gasolina e o etanol serão totalmente retomadas, segundo o Ministério da Fazenda. A pasta já esperava o retorno da tributação e não acreditava que a desoneração pudesse permanecer. Ainda assim, o dólar fechou positivamente o dia.
Hoje, ocorre a definição da taxa Ptax de fim de mês, o qual serve de referência para a liquidação de contratos futuros no início do próximo mês. Portanto, é natural que haja certa disputa pela condução das cotações entre comprados e vendidos. Comprados referem-se aos investidores que apostam na alta do dólar, enquanto os vendidos, são aqueles que apostam na baixa.
Essa disputa tende a ser mais intensa na manhã de hoje (28). Na manhã da última segunda-feira (27), o Banco Central vendeu todos os 16 mil contratos de swap.
Foto Destaque: dólar. Reprodução/Gerd Altmann/Pixabay