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Crise na WeWork: ações afundam 40% com ameaça de recuperação judicial

A empresa de coworking, fundada em 2010, chegou a ser avaliada em US$ 47 bilhões antes de situações que a levaram ao possível pedido de recuperação judicial

04 Nov 2023 - 10h20 | Atualizado em 04 Nov 2023 - 10h20
Crise na WeWork: ações afundam 40% com ameaça de recuperação judicial Lorena Bueri

As ações da WeWork sofreram uma drástica queda de mais de 40% durante as negociações pré-mercado, após a divulgação de informações que indicam que a empresa está considerando a possibilidade de entrar com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos na semana seguinte, conforme reportado pelo The Wall Street Journal.

O percurso da empresa foi uma das mais marcantes durante o recente período de expansão das startups, alcançando uma avaliação de US$ 47 bilhões. No entanto, essa jornada foi marcada por uma tentativa desastrosa de realizar uma Oferta Pública Inicial (IPO), ao mesmo tempo em que a empresa enfrentou desafios significativos em relação ao seu modelo de coworking durante a pandemia. Nas negociações pré-mercado da última quarta-feira nos EUA, as ações da empresa começaram cotadas a US$ 1,33. 


Gráfico sobre a situação financeira da WeWor (Foto: reprodução/the news)


Situação financeira

No encerramento das negociações, na terça-feira (31), as ações haviam registrado uma queda de 12%, chegando a US$ 2,28. Isso resultou em uma capitalização de mercado da empresa de US$ 165,7 milhões até então. A WeWork tem encontrado desafios ao tentar renegociar contratos de locação com os proprietários, devido às dúvidas sobre sua viabilidade a longo prazo.

Com presença em 777 locais distribuídos por 39 países, a empresa enfrenta obrigações de locação que somam aproximadamente US$ 10 bilhões a partir do segundo semestre deste ano, indo até o final de 2027, além de outras obrigações de cerca de US$ 15 bilhões a partir de 2028. A empresa apresentou um prejuízo de US$ 530 milhões nos primeiros seis meses de 2023 e possuía aproximadamente US$ 205 milhões em caixa em junho.

A WeWork falhou em efetuar pagamentos de juros devidos aos detentores de títulos em 2 de outubro, iniciando um período de carência de 30 dias para regularizar os pagamentos, sob pena de ser considerada em situação de inadimplência. Um acordo foi alcançado com os detentores de títulos para estender esse prazo por mais sete dias, permitindo negociações com os acionistas antes que a inadimplência ocorra.

Comentários da WeWork

A empresa foi contatada para comentar a situação, mas optou por não fazer comentários sobre especulações. Na terça-feira, a WeWork divulgou que estava envolvida em discussões com seus credores com o objetivo de aprimorar sua situação financeira e estava tomando medidas para otimizar seu portfólio imobiliário. No dia anterior, a empresa havia firmado um "acordo de tolerância" com seus credores, o qual terá validade por mais sete dias.

Este acordo de tolerância permitirá à empresa mais tempo para continuar suas conversas construtivas com seus principais interessados financeiros e colaborar com eles na implementação de seus contínuos esforços estratégicos para aprimorar sua estrutura de capital. O porta-voz também enfatizou que a empresa mantém uma visão clara e de longo prazo para o seu futuro.

A WeWork, sediada em Nova York, foi fundada em 2010 e teve o cofundador Adam Neumann como seu carismático promotor. A empresa de coworking arrecadou bilhões de dólares e cresceu rapidamente, muitas vezes dobrando sua receita a cada ano. Em seu auge, era uma das startups mais valiosas do país, operando escritórios em todo o mundo e se envolvendo em projetos em diversas áreas, incluindo uma escola primária, edifícios residenciais e uma academia.

Foto Destaque: Fachada de um escritórios da WeWork (Reprodução/InfoMoney)

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