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Cotação do dólar à vista fecha com alta de 1,31% no Brasil

O dólar viu uma alta de 1,31% em relação ao real no fechamento do mercado. De acordo com especialistas, isso é devido aos resultados preocupantes apresentados por países da Europa e da Ásia

02 Ago 2023 - 18h04 | Atualizado em 02 Ago 2023 - 18h04
Cotação do dólar à vista fecha com alta de 1,31% no Brasil Lorena Bueri

Desapontando aos que apostaram numa possível queda consecutiva do dólar após anos em cotações absurdamente altas, o dólar à vista fechou em alta considerável ante ao real nesta terça-feira (1), após a divulgação decepcionante de dados industriais nada promissores por parte de países como a Ásia e a Europa, resultando em uma preocupação elevada quanto ao estado da atividade econômica global por parte dos investidores. 

O dólar à vista fechou o dia em cotação de R$ 4,7910 na venda, com uma alta de 1,31%. Trata-se da maior alta apresentada pela moeda norte-americana desde o dia 6 de julho, quando ela subiu cerca de 1,62%. 

Resultados preocupantes no mercado industrial do mundo

A alta ocorreu em vista dos resultados divulgados por alguns países ao redor do globo, em especial a China. O PMI (Índice Geral de Compras) de indústria do Caixin global caiu para 49,2 em julho em relação aos 50,5 em junho, bastante abaixo da previsão de 50,3 anteriormente proposta por analistas. É o primeiro declínio na atividade chinesa desde abril deste ano. 

O PMI de manufatura do Japão também apresentou uma queda, mas mais moderada. De 49,8 em junho, caiu para 49,6 em julho. Alguns países da Europa, como a França, Alemanha e o Reino Unido, também apresentaram fracos resultados de mercado. Isso acabou aumentando o receio em torno de uma possível desaceleração na economia global.

Isso pode acabar afetando exportadores de commodities, mercado amplamente popular na China, como o Brasil. Por conta disso, o Real acabou perdendo força ante o dólar. Antes do fechamento, a moeda dos EUA já apresentava um aumento moderado R$ 4,73 (alta de 0,02%) durante a manhã, mas o grosso do crescimento ocorreu durante a tarde, em meio à debandada em massa de mercados de alto risco por parte de investidores, atingindo um pico de R$ 4,8012 (alta de 1,52%) às 15h37 do mesmo dia. 

A opinião de especialistas quanto ao aumento

De acordo com Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital, isso acontece pois o mercado entende que há uma contração econômica tanto na China quanto na Europa, ocasionando na queda do valor de commodities, que estavam em alta até então, conforme os investidores buscam proteger seus ativos. 


Fernando Bergallo, especialista em câmbio da FB Capital (Foto: reprodução/Daniel Cancini)


Para Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, o dia foi marcado por uma fuga de riscos nos mercados mundiais. 

“O que está ocorrendo são que os dados que saíram de ontem (segunda-feira) para hoje (terça) de alguns PMIs de atividade industrial chegaram bem fracos. Esses dados ruins geram uma sensação de risk-off, afirmou Izac.

O operador entrevistado pela Reuters disse que, a despeito da alta forte nas cotações da terça-feira, isso não ocorreu de forma brusca. A moeda norte-americana teve uma alta consistente e gradativa durante todo o dia. 

Foto destaque: Representação do dólar atrelado ao mercado financeiro. Reprodução/iStock

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