Em pesquisa realizada com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o instituto de pesquisas Datafolha apresentou números acerca das ligações fraudulentas no país. São 4.678 tentativas por hora, realizadas através de ligação ou aplicativo. Vale ressaltar que o período pesquisado corresponde aos últimos 12 meses.
Conhecido como “Golpe do 0800”, a fraude começa com o contato do golpista, que normalmente se passa por um funcionário de banco. Dessa forma, ele visa confirmar uma suposta compra do cliente, feita por um alto valor. Com a vítima assustada e sem conhecimento prévio, ela é passada para uma falsa central de atendimento, onde fornece seus dados pessoais e financeiros para o fraudador.
Como identificar?
É importante que todos tenham conhecimento a respeito dos golpes; esse é o primeiro passo para evita-los. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) relata que existem três formas de contato feito pelos golpistas: ligação telefônica, mensagem de texto (SMS ou WhatsApp) ou quando a própria pessoa disca um número fraudulento e acaba sendo atendido por uma falsa central.
Sendo assim, a principal forma de não “cair” no golpe é suspeitar e se manter calmo. O grande desafio é não tomar decisões precipitadas, já que as informações citadas pelo golpista acabam preocupando. A Febraban reforça que banco algum entra em contato com clientes para solicitar informações relacionadas a senha de cartões (via G1):
"O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento".
A Febraban também adverte que, em caso de dúvida, basta entrar em contato com o banco por meio dos canais oficiais.
Informações do cartão de crédito são solicitadas em golpes financeiros (Foto: reprodução/stevepb/Pixabay)
Números detalhados
Ainda de acordo com o Datafolha, o golpe feito por aplicativo de mensagem ou ligação é o mais utilizado no Brasil. Também se destacam a suspeita em cima de preços muito baratos em produtos na internet e a tentativa de golpe por transferência ou boleto falso.
Além disso, a pesquisa também indicou que existe uma subnotificação considerável em crimes cibernéticos. Ou seja, muitas pessoas não notificam que foram vítimas de golpe.
Foto Destaque: golpistas visam roubar dados financeiros de clientes do banco (reprodução/TheDigitalWay/Pixabay)