Durante os últimos dias, o bitcoin apresentou uma grande redução — uma queda para menos de US$ 30 mil na segunda-feira (9) —, devido a um pregão onde os ativos de risco suportaram uma grande liquidação nos Estados Unidos.
Esse registro notificou uma baixa na negociação do valor da moeda, sendo o menor desde julho do ano passado. O bitcoin passou a ser negociado por US$ 29,8 mil (R$ 152,65 mil). No final do ano passado, a moeda bateu o recorde histórico de US$ 69 mil; porém, em relação à queda, representa uma redução de 50% do valor de negociação. Na quarta-feira (10), a moeda recuou 0,81%, US$ 161.629,00 (R$ 827.96,00), entre as 14h28.
Para os analistas, essa flutuação dos preços recorrem ao aperto monetário do banco central dos Estados Unidos, o que gerou o recuo de investidores em ativos de risco.
Foram injetados trilhões de dólares, pelos bancos centrais do mundo, para estimular o sistema financeiro global e frear os impactos econômicos ocasionados pela pandemia. Outro ponto importante foi a decisão de manter as taxas de juros de referência baixas por anos — mas, durante os últimos meses, vem sendo revertida.
Bitcoin bate recorde em final de 2021, atingindo US$ 69 mil (Foto: Reprodução/Luiza Eiterer)
É pontuado também a influência das instituições no aumento das taxas e vendas de ativos, onde podem causar um impacto nos mercados globais de ativos.
“O aperto da política monetária está fazendo com que os investidores reduzam sua exposição a ativos de risco e a atual correlação do bitcoin com o S&P 500 também o levou à forte queda”, aponta Joe DiPasquale, CEO da PitBull Capital.
Contudo, Sam Rule, analista de mercado da Bitcoin Magazine, apresenta uma visão diferente e mais ampla da situação: “Taxas [de juros] crescentes, o acelerado ritmo de aperto da política monetária para combater níveis sem precedentes de inflação, um fortalecimento do dólar em relação a outras moedas globais e uma deterioração nas perspectivas de crescimento global são as forças macroeconômicas em jogo que estão reduzindo [o valor do] bitcoin”.
Dessa maneira, alguns problemas macroeconômicos também se demonstraram contribuintes para a queda da moeda.
Foto Destaque: Bitcoin tem maior queda desde 2021. Reprodução/CNN Brasil.