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BRF anuncia prejuízo de R$ 1,3 bilhão no fechamento do trimestre

O mercado está passando um excesso de oferta de frango, algo que prejudica as vendas da BRF no âmbito global, principalmente tendo em vista as restrições causas pela influenza aviária.

16 Ago 2023 - 17h34 | Atualizado em 16 Ago 2023 - 17h34
BRF anuncia prejuízo de R$ 1,3 bilhão no fechamento do trimestre Lorena Bueri

Em nota, a empresa processadora de alimentos BRF (BRFS3), divulgou na segunda-feira (14) que está enfrentando um prejuízo de R$ 1,337 bilhão no segundo trimestre do ano, significativamente maior do que o prejuízo trimestral de R$ 715 milhões previamente estimado por analistas do setor. 

As perdas e ganhos da BRF no trimestre

O lucro da empresa, que é dona de grandes marcas como a Sadia e Perdigão, chegou a R$ 1 bilhão antes da aplicação de juros, impostos, depreciação e amortização, que é uma medida do resultado operacional da empresa, mais comumente conhecida como Ebitda, na sigla em inglês. Isso está acima da projeção dos analistas, que estavam esperando um lucro de R$ 917 milhões antes dos resultados serem divulgados. 

A receita líquida da BRF também caiu 5,7% ao ano, alcançando a marca de R$ 12,2 bilhões. Apesar disso, a empresa fez questão de afirmar durante o balanço que o volume de vendas no Brasil cresceu, já que é a região na qual ela gera a maior parte de sua receita anual. O preço médio de venda caiu 1,3% em comparação com o trimestre anterior, graças a cotação do frango in natural no território brasileiro, que continua abaixo da média histórica, uma reflexão do excesso de oferta no mercado global. 

Miguel Gularte, presidente da BRF, disse em entrevista que “o segmento de exportação acabou sendo prejudicado pelo excesso de frango”. O executivo também afirmou que, por conta da possível proibição de exportações causada pela preocupação com a gripe aviária, contribuiu para o atraso na recuperação dos preços, mesmo com a melhora na dinâmica de oferta e demanda nas últimas semanas. “Nossos maiores importadores continuam cautelosos por conta das proibições, em especial o Japão”, concluiu. 


Miguel Goularte assumiu a presidência da BRF ainda em 2022 (Foto: divulgação/BRF).


Seguindo os critérios da Organização Mundial de Saúde Animal, o Brasil é considerado livre da ação de influenza aviária de alta patogenicidade. 

O mercado pode vir a se recuperar no próximo trimestre

O cenário não é completamente negativo, já que a BRF também disse que a liquidação dos estoques de frango do setor ajudou na mitigação dos efeitos causados pelo reajuste de preços que a empresa precisou aplicar em alguns de seus produtos processados. E no mercado internacional, a BRF também apresentou uma recuperação de margens aceitável, mantendo-se como a maior exportadora de frango para países do Golfo, onde têm uma participação de mercado por volta dos 50%. 

A empresa também encerrou o trimestre com 15 novas licenças de exportação para vender produtos em países como a China, Japão, Cingapura, África do Sul e Argentina, algo que pode melhorar as perspectivas de negócio em mercados globais no futuro.

 

Foto destaque: Uma das unidades da BRF, gigante dona da Perdião e da Sadia. Divulgação/BRF

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