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Auren Energia poderá distribuir ‘bolada’ retornando em dividendos de até 29%

No total, a empresa de energia receberá R$ 4,2 bilhões que devem ser pagos até 29 de junho de 2023, totalizando um total de 29% do seu valor bruto de mercado.

21 Jun 2023 - 20h00 | Atualizado em 21 Jun 2023 - 20h00
Auren Energia poderá distribuir ‘bolada’ retornando em dividendos de até 29% Lorena Bueri

Depois que a Auren Energia comemorou a confirmação dos pagamentos de indenização recebidos da Usina Três Irmãos, alguns analistas elogiaram a atitude da empresa. No total, ela receberá R$ 4,2 bilhões a serem pagos em 29 de junho de 2023. Esse valor representa 29% do seu valor bruto de mercado.

A Genial Investimentos afirmou que, segundo bancos e corretoras, ao menos R$ 1,5 bilhão de todo o valor poderá ser devolvido aos dividendos, senão todo o dinheiro. O analista Vitor Sousa disse que “A parte dessa quantia ou a sua totalidade (R$ 4,2 bilhões, senão considerarmos que a incidência de tributos) deve ser distribuída no formato de dividendos, implicando em um rendimento potencial de até 22-29% em proventos a depender da agressividade da empresa”.

Três fatores listados por ele podem sustentar essa tese:

- Endividamento baixo: a Auren terminou o último trimestre com dívida total de R$ 2,7 bilhões, o que representa uma relação de 1,6x da dívida total sobre o Ebitda – fazendo com que seja considerada baixa.

- A empresa deve gerar R$ 1-1,2 bilhão em receita operacional nos anos futuros. Lembrando que, de acordo com o analista, a Auren tem uma carteira de geração de até 95-97% empregada entre 2023 e 2026.

- Baixa exigência de investimento: A empresa não tem projetos maiores na área de desenvolvimento. Portanto, a necessidade de capital de investimento é muito escassa, principalmente a partir do ano que vem.


Ilustração de dividendos (Foto: Reprodução/Shutterstock via Seu Dinheiro)


O JPMorgan afirmou que o evento remove quaisquer preocupações sobre os recebimentos da conta da RGR, que pagará uma indenização a Auren. O banco também diz que a possibilidade mais provável é de que a Auren continue a buscar fusões e obtenções ou leilões de transferência, "mas benefícios adicionais não estão excluídos".

Pelo olhar do Itaú BBA, a notícia é boa e dá a chance da empresa antecipar recebimentos e arcar com maiores dividendos. A companhia já distribuiu R$ 1,5 bilhão em dividendos e estuda o pagamento extra de dividendos com o mesmo preço. Eles afirmam que “A securitização abre espaço para que a empresa anuncie um dividendo extraordinário de R$ 1,5 bilhão, representando um yield de 10%. Além disso, dada a sólida posição do balanço patrimonial da empresa (a alavancagem atual é de 1,6x e agora deve reduzir ainda mais), acreditamos que a Auren será capaz de crescer enquanto paga ricos dividendos”.

O BTG Pactual vai por igual caminho afirmando que, por mais que já seja esperado, o desempenho é bom para Auren. Eles disseram que "A emissão da garantia de indenização Três Irmãos aumenta muito as possibilidades desse pagamento extraordinário de dividendos, mas deixa espaço para crescimento". O banco acredita que a ação será negociada com uma taxa interna de retorno (TIR) real em torno de 10%, com grande probabilidade de gerar um retorno maior que 10% até o final deste ano.

 

Foto destaque: Campo de energia eólica da Auren. Reprodução/Brazil Journal

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