A Nasa inicia um programa de mais de US$ 90 bilhões (equivalente a R$ 486 milhões) esta semana para enviar norte-americanos à Lua com o lançamento da Artemis I, uma expedição sem uma tripulação com o objetivo de eventualmente estabelecer uma presença humana permanente na superfície lunar. O lançamento tem a data prevista para a quarta-feira (23), dependendo do clima e da prontidão do equipamento.
É esperado que cada um dos primeiros quatro lançamentos da Artemis, distribuídos pelos próximos anos, não inclua pessoas e custe mais de US$ 4 bilhões (aproximadamente R$ 21,60 milhões). A Nasa diz que está retornando à lua por três motivos: inspiração para a próxima geração, descoberta e oportunidade econômica.
Se o programa Artemis for parecido com o seu antecessor Apollo, do qual a agência espacial descontinuou no dos anos 70 depois de colocar 12 astronautas na Lua, ele produzirá produtos úteis usados pelos norte-americanos todos os dias. A Apollo gerou a tecnologia implícita ao GPS, satélites de telecomunicações, cirurgia ocular Lasik, fones de ouvidos sem fio, DustBusters (aspirador de pó portátil), tomografias computadorizadas e amortecedores para edifícios.
Dois trabalhadores testam a condução do Rover Flex da Astrolab. Reprodução: Astrolab
Artemis recebeu o nome de uma deusa grega da lua, gêmea de Apolo. A missão irá testar a possibilidade de vida humana não apenas na lua, mas também em Marte, colocando a humanidade um passo mais perto de ser uma espécie de múltiplos planetas, segundo o ex-funcionário de alto escalão da NASA, Marshall Smith.
Em entrevista a Forbes Marshall diz “Há toda uma infinidade de razões pelas quais faz sentido continuar esta jornada ao espaço”, Gastamos esse dinheiro construindo ciência e tecnologia, desenvolvendo nossa força de trabalho para poder fazer sistemas complicados e construir sistemas complicados.” Afirmou.
A agência espacial não pode fazer isso sozinha. A Nasa está trabalhando com dezenas de empresas privadas e instituições sem fins lucrativos para tornar realidade o retorno à lua. Algumas delas sendo a CubeSats, Southwset Research e Sierra Space.
Foto Destaque: Foguete Artemis I no Kennedy Space Center, na Flórida. Reprodução: NASA/Ben Smegelsky