Warren Buffett, o proeminente especialista em investimentos, escolhe a Apple como sua principal preferência no cenário das ações. A gigante tecnológica ocupa uma significativa fatia de 48,6% no portfólio da Berkshire Hathaway, o conglomerado de investimentos de Buffett. Esse índice merece destaque, especialmente quando comparado à segunda empresa mais influente no conglomerado, o Bank of America (BofA), que detém uma participação modesta de apenas 8,9%.
O investimento marcante de Warren Buffett na Apple atingiu um valor impressionante de US$ 177 bilhões, superando as capitalizações de mercado da Nike (US$ 175 bilhões), Disney (US$ 168 bilhões) e Wells Fargo (US$ 164 bilhões).
Berkshire Hathaway
Sob a propriedade de Buffett, a Berkshire Hathaway possui cerca de 916 milhões de ações da Apple, o que representa uma participação de 5,9% na empresa. É notável que essa parcela relativamente modesta no portfólio da Berkshire, representada por uma única ação, agora tenha um valor superior ao de muitas das maiores empresas públicas dos Estados Unidos em sua totalidade.
Prédio da Berkshire Hathaway (Foto: reprodução/Renova Invest)
Apesar de Warren Buffett ter começado a investir na Apple em um estágio relativamente tardio, em 2016, os resultados obtidos foram significativos. A participação da Berkshire na empresa criadora do iPhone agora atinge o valor de US$ 177 bilhões, posicionando-a em concorrência direta com as grandes empresas do mercado americano.
No portfólio avaliado em cerca de US$ 350 bilhões da Berkshire, a Apple destaca-se como a posição mais proeminente. A holding ocupa a posição de segunda maior acionista da gigante tecnológica, ficando somente atrás da Vanguard, e injetou mais de US$ 30 bilhões na empresa durante o período de 2016 a 2018.
Buffett, famoso por direcionar seus investimentos para empresas dentro de sua esfera de conhecimento, adotou a Apple ao perceber a influência de sua marca e a indispensabilidade de seus dispositivos para os consumidores. Conforme reportado pelo Business Insider, ele a identificou como um empreendimento superior a qualquer uma das subsidiárias integrais da Berkshire, elogiando Tim Cook por sua excepcional habilidade de gestão.
Apple
A performance notável da Apple na carteira da Berkshire tem sido tão marcante que o saudoso Charlie Munger, companheiro de negócios de Buffett por mais de seis décadas, expressou seu lamento em setembro por não ter ampliado sua participação na empresa. Caso a Berkshire tivesse alocado US$ 50 bilhões em ações ao preço médio atual de sua posição, a participação teria agora um valor superior a US$ 280 bilhões.
As ações da Apple registraram um aumento de quase 50% ao longo deste ano, alcançando a marca de US$ 193, apenas 3% abaixo de seu ponto mais alto histórico de US$ 198. Além disso, a empresa superou a significativa marca de US$ 3 trilhões em valor de mercado na última terça-feira. Desde o final de setembro, os papéis da Apple valorizaram-se em 13%, resultando em um acréscimo de US$ 20 bilhões no valor da participação detida pela Berkshire em um curto intervalo de tempo.
A Apple integra o grupo das "Sete Magníficas" que estão na vanguarda do aumento do mercado neste ano. Esse impulso é atribuído, em parte, às crescentes expectativas de que a ameaça da inflação tenha diminuído, que a recessão tenha sido evitada e à possibilidade de a Reserva Federal reduzir as taxas de juros nos próximos meses.
Foto Destaque: Warren Buffett (Reprodução/Investidor Sardinha - R7)