Essa semana uma notícia sacudiu o mercado financeiro. A gigante de tecnologia Apple divulgou o maior valor de recompra de ações dos EUA. O conselho da empresa aprovou um montante adicional de US$ 110 bilhões (R$ 561 bilhões), destinado a recompra das ações. Esse movimento vem sendo uma tendência no mercado mundial. A criadora do iPhone bate seu próprio recorde de maior recompra de ações nos EUA. Já que em 2018, a empresa autorizou US$ 100 bilhões em recompras, de acordo com dados compilados pela empresa de estudos de mercado Birinyi Associates.
Tendência de mercado
A manobra financeira de recompra de ações vem sendo uma tendência no mercado mundial. Segundo previsão do banco de investimentos Goldman Sachs, as empresas líderes em ações na Bolsa de Valores de Nova Iorque investirão US$ 1,1 trilhão (R$ 5,6 trilhões) para recompra de ações em 2025. Esse valor é aproximadamente equivalente ao Produto Interno Bruto (PIB) da Holanda. A Apple é responsável pelos seis maiores anúncios de recompra de ações já realizados nos EUA, numa lista que inclui Chevron e sua rival Alphabet, dona do Google.
Fachada da loja da Apple em Beijing, China (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)
Por que recomprar ações
As recompras de ações acontecem para que as empresas revertam seus lucros ou reservas de capital na aquisição de suas próprias ações no mercado. Desta forma, a empresa reverte valor aos acionistas, atraindo investidores. Essas recompras de ações não são tributáveis para os acionistas e proporcionam uma valorização de longo prazo nas avaliações de mercado. Outra prática, é a compra de dividendos, que enchem diretamente os bolsos dos investidores e são mais comuns em ações de serviços públicos, cuja demanda estável recompensa os investidores com pagamentos. As empresas usam essa tática para manter a base de acionistas e atrair futuros compradores, já que elas alocam uma porcentagem menor dos lucros nas recompensas aos acionistas, pois reinvestem uma grande parcela deste valor em projetos e desenvolvimento.
Foto Destaque: Diversidade de cores nos modelos do Iphone15 (Reprodução/Unsplash/Daniel Romero)
