A Americanas, uma das maiores redes varejistas do Brasil, reportou uma perda significativa em seu balanço financeiro. Em 2021, a empresa enfrentou um prejuízo de R$ 6,2 bilhões, seguido por uma perda ainda maior de R$ 12,9 bilhões em 2022. Este revés financeiro ocorreu principalmente devido a um desempenho operacional abaixo do esperado, despesas financeiras elevadas e lançamentos extraordinários significativos. A empresa, que antes relatava lucros, viu uma reversão dramática em sua saúde financeira.
Revisão de resultados e projeções futuras
A Americanas passou por uma revisão profunda de seus resultados financeiros. Originalmente, a empresa havia reportado um lucro líquido de R$ 544 milhões em 2021, mas revisões recentes apontaram para um cenário bem diferente. A mudança dramática nas finanças da empresa foi atribuída a uma combinação de fatores, incluindo fraude sofisticada e uma gestão anterior que não conseguiu antecipar e mitigar riscos efetivamente.
Estratégias de recuperação e expectativas para 2025
Como parte de sua estratégia de recuperação, a Americanas divulgou um plano detalhado, que inclui uma capitalização de R$ 12 bilhões. Este plano visa fortalecer a posição da empresa no mercado, apoiado por investimentos significativos de seus acionistas principais. A Americanas espera alcançar um Ebitda de mais de R$ 2,2 bilhões até 2025 e reduzir sua alavancagem para menos de 0,75 vezes a relação dívida líquida/Ebitda.
Entenda melhor a crise financeira nas Lojas Americanas (Vídeo: reprodução/YouTube/BBC Brasil)
Este plano de recuperação também se concentra na complementação de operações de lojas físicas com eficiências digitais, uma estratégia já adotada por concorrentes como Casas Bahia e Magazine Luiza. A Americanas também planeja expandir seu portfólio de serviços financeiros por meio da fintech Ame, além de aumentar sua presença no setor de publicidade digital.
A Americanas terminou o ano de 2022 com uma dívida líquida de R$ 26,3 bilhões, um aumento significativo em relação a 2021, e um patrimônio líquido negativo de R$ 26,7 bilhões. Apesar desses números desafiadores, a empresa mantém uma visão otimista de recuperação e espera retornar a um patrimônio líquido positivo até o final de 2025.
Foto Destaque: Fachada de uma franquia das Lojas Americanas. Reprodução/Shopping Jardim Norte/O Popular