O rapper R. Kelly foi condenado pelo crime de tráfico sexual de mulheres e de menores de idade. O julgamento já durava seis semanas, e todas as sessões aconteceu no Tribumal Federal do Brooklyn, nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira (27), depois nove horas de deliberações, ele foi acusado de oito alegações contra a Lei Mann e outras extorsão. A informação vem do The New York Times.
A Lei Mann proíbe transportar mulheres ou garotas das fronteiras estaduais para fins de "prostituição, libertinagem ou qualquer outro propósito imoral". A lei foi criada em 1910, e sofreu alterações ao longo dos anos para abranger casos que vão de política a racismo.
O cantor foi considerado culpado por ser líder de um esquema, que durou décadas, de recrutamento de mulheres e menores para o tráfico sexual. Foram convocadas 45 testemunhas, sendo onze acusadors do rapper (9 mulhers e 2 homens). A grande maioria das mulheres acusadoras eram negras. Algo das últimas seis semanas os promotores revelaram detalhes da organização criminosa, com provas de acontecimentos desde de 1991.
No ano de 2008, ele havia sido acusado de manter pornagrafia infantil, mas acabou sendo inosentado de 14 acusações.
E esta foi a primeira consequência criminal, depois de muitas suposições e acusações de abuso sexual e outros atos indevidos. Ele enfrenta a possibilidade de prissão perpétua, sua audiência de condenação está marcada para o dia 4 de maio de 2022.
Alguns relatos das vítmas sobre as acusações envolvendo o rapper foram dadas pelas próprias vítimas no documentário Surviving R. Kelly, de 2019, disponível na Netflix. A cantora Lady Gaga chegou a remover de um álbum seu, um 'feat' que continha a participação do rapper.
Foto destaque: R. Kelly. Reprodução/Antonio Perez/Pool/AFP