Longa biográfico sobre Édith Piaf será produzido por IA e está em produção pela Warner Music Entertainment. A voz e a imagem da cantora, falecida em 1963, serão recriadas via inteligência artificial. O espólio da artista autorizou a produção. O filme, que terá 90 minutos e se chamará “Piaf”, foca no período entre os anos 1920 e 1960, e será ambientado em Nova Iorque e Paris.
A narração será com a voz da cantora recriada por IA, e as imagens trarão performances, entrevistas, imagens de arquivo pessoal e outros registros.
Édith e as novas gerações
O filme foi escrito por Julie Veille e Gilles Marillac. Julie, que também é a idealizadora do filme, afirma que a criação do roteiro parte do seguinte questionamento. “Se Édith ainda estivesse conosco, que mensagens ela gostaria de passar para as gerações mais jovens?”
O presidente da Warner Music, Charlie Cohen, está trabalhando juntamente com Julie e Gilles na criação do projeto, e a Warner divulgou um comunicado dizendo que “a animação proporcionará uma visão moderna de sua história, enquanto a inclusão de imagens de arquivo, performances nos palcos e na TV, filmagens pessoais e entrevistas proporcionarão ao público uma visão autêntica dos momentos significativos da vida de Piaf”.
Édith Piaf interpreta "La Vie en Rose" (Vídeo: reprodução/YouTube/Classical Music)
Música e vícios
Édith Piaf nasceu em 1915, na França, e começou a cantar ainda criança. Sua música “La Vie en Rose”, escrita em 1945, foi o que a levou ao sucesso mundial. Em 1946, Édith fez turnês pela Europa, América do Sul e do Norte.
Sua saúde começou a declinar no início da década de 1950. A cantora sofria de fortes dores devido à artrite reumatoide e à fibromialgia, e voltou a abusar de álcool, cigarro e morfina, que aliviavam suas dores. Apesar de Édith ter conseguido melhorar seus vícios com a ajuda de seu confidente Charles Aznavour, em 1958 teve uma recaída após um acidente de carro, vindo a falecer em 1963, vítima de câncer no fígado.
Foto destaque: Édith Piaf (Reprodução/Embalada em Paris)