De acordo com comunicado da Tap Music Publishing, a cantora Dua Lipa comprou os direitos de publicação de suas músicas. Com o acordo, Lipa se torna detentora tanto dos direitos de masterização, como de publicação de sua discografia. A empresa Tap era responsável pela gestão artística de Dua Lipa desde 2013.
“Desejamos a Dua tudo de melhor para o futuro”, afirmou Anna Neville, co-presidente da TaP Music.
Segundo a empresa, as publicações da cantora serão feitas pela Universal Music Publishing Group. No entanto, para as publicações globais, ainda não se sabe com qual gestão Dua fará parceria.
Direitos e regravações
Após o acordo com a Tap Music Publishing, Dua Lipa deteve não somente o domínio de suas “masters” – fonogramas em português -, como de publicação. Com isso, a cantora poderá decidir como suas criações serão utilizadas, além de obter maior participação nos lucros. O cenário de Dua, contudo, é diferente do enfrentado por outros artistas, como Taylor Swift.
Em 2019, a Big Machine Records, gravadora responsável pelos direitos dos seis primeiros álbuns de Swift, foi vendida para a Ithaca Holdings, de propriedade de Scooter Braun – juntamente com as “masters” da cantora, avaliadas em 300 milhões de dólares.
De acordo com Taylor Swift, ela não teve a oportunidade de comprar seus fonogramas antes da venda da empresa e, por isso, não poderia decidir como sua obra seria utilizada. A cantora explicou que a Big Machine Records lhe ofereceu um acordo que dependia da gravação de mais seis álbuns com a empresa. Assim, Swift teria com permanecer com a gravodora por mais seis anos e a cada novo lançamento, receberia os direitos de um álbum antigo. Em 2019, Taylor Swift decidiu regravar seus trabalhos.
“Eu sei que isso vai diminuir o valor das minhas masters antigas, mas espero que vocês entendam que esta é a única maneira de eu recuperar o senso de orgulho que tive quando ouvia as canções dos meus seis primeiros álbuns, e também permitir que meus fãs possam escutar esses álbuns sem o sentimento de culpa por beneficiar Scooter Braun”, afirmou a cantora.
Gravadoras querem evitar o efeito “Taylor’s Version”
Capa de "1989 (Taylor's Version)", a mais recente regravação de Taylor Swift. (Foto: Reprodução/Instagram).
De acordo com a Billboard, as grandes gravadoras, como Universal Music Group, Sony Music Entertainment e Warner Music Group, estão modificando os acordos de novos contratados, a fim de impedir a regravação de álbuns. As novas cláusulas afirmam que os artistas deverão esperar entre 10 e 30 anos para seguir o efeito “Taylor’s Version”.
Antes, as propostas de gravadoras definiam que as regravações seriam possíveis dois anos após o fim do contrato ou de cinco a sete anos a partir da data de lançamento do álbum original.
Foto destaque: Dua Lipa obtém diretos de publicação de suas músicas. (Reprodução/Instagram/@dualipa).