Dono de sucessos como “Privê”, “Noite De Caça” (feat. Gloria Groove) e “Boate Qualquer”, Mateus Carrilho lançou recentemente o primeiro álbum de sua carreira solo, intitulado de “Paixão Nacional”. Em entrevista exclusiva ao Lorena.R7, o artista falou sobre sua trajetória profissional, revelou curiosidades e inspirações de seu novo álbum, contou histórias por trás de algumas canções e muito mais.
Com quase 15 anos de carreira, Mateus Carrilho fez parte da Banda Uó até 2018, quando iniciou a sua carreira solo. Por lá, lançou alguns trabalhos como “Motel” (2012), “Turnê Motel – Ao Vivo No Cine Joia” (2014), “Veneno” (2015) e “Tô Na Rua” (2017), último single do grupo. Além de cantor, o artista também é compositor e assina todas as faixas de “Paixão Nacional”. Inclusive, o projeto conta com participações especiais de Luísa E Os Alquimistas (Luísa Nascim) e Hiran.
Mateus Carrilho durante ensaio fotográfico do álbum "Paixão Nacional". (Foto: Reprodução/ Twitter/ Thais Vandanezi)
“Acho que é um disco que fala sobre amar, sobre liberdade e pluralidade sonora. É sobre mostrar que somos múltiplos (...)”, afirmou.
Leia a entrevista completa abaixo!
1- Nota-se que o álbum “Paixão Nacional” é totalmente diferente dos singles que o antecederam. Como surgiu a ideia de apostar em sonoridades como o samba, mpb, pagode e axé no projeto?
“Eu quis fazer um álbum que fosse para além dos hits, músicas que tivessem outros níveis de profundidade! Quem ouvir o álbum, vai me identificar e fazer esse reconhecimento. Acho que é um disco maduro, mas ainda pop. É um disco sobre minha paixão pela arte feita no Brasil.”
2- Quais foram as inspirações para a estética de “Paixão Nacional”?
“Quando eu fui fazer esse disco, a primeira coisa que me perguntei foi: ‘O que vou contar com esse disco?’. E fazendo um raciocínio sobre minha carreira, chego nesse lugar de que a estética, os visuais, os ritmos brasileiros sempre estiveram presentes de maneira contemporânea no meu trabalho. É daí que vem o nome ‘Paixão Nacional’! Minha inspiração foi principalmente o nosso país e a cultura fabricada aqui.”
3- “Paixão Nacional” é o seu primeiro álbum em carreira solo. Como foi o processo de criação do trabalho?
“Foi longo e revelador. Foi um disco que foi se descobrindo junto comigo, fomos amadurecendo juntos. O ócio da pandemia ajudou nessa maduração, eu tive tempo pra me concentrar e analisar os meus próximos passos.”
4- Você assina a composição de todas as faixas do projeto. Como é o seu processo de composição? Conta pra gente algumas histórias por trás de algumas músicas presentes em “Paixão Nacional”!
“Sim, são composições vindas de um lugar particular, até as mais divertidas! ‘Boate Qualquer’ é uma música verídica, ela é sobre ser abandonado e gostar de alguém que não gosta tanto de você. ‘Menino’ é uma poesia sobre todas as vezes que eu fui para o Rio de Janeiro e me vi apaixonado em cada esquina. ‘Nós Dois E Um Litrão’ é uma música de domingo, quando você acorda de ressaquinha, está um sol bonito lá fora e tudo o que você deseja é sentar numa mesa de bar com alguém pra tomar uma gelada e não se sentir só. Acho que são músicas que te levam para situações próximas, todo mundo já passou por algo parecido.”
Mateus Carrilho. (Foto: Reprodução/ Instagram)
5- Além de “Menino”, terão clipes de mais canções? Pode dar spoilers do que vem por aí?
“Eu quero fazer, é um super desejo! Acho que o disco tem grandes canções que merecerem clipes.”
6- “Paixão Nacional” é um disco diverso. E, falando em diversidade, você é um dos principais representantes da comunidade LGBTQIAPN+. Qual o recado que o seu novo álbum traz pra esta parcela do seu público?
“Acho que é um disco que fala sobre amar, sobre liberdade e pluralidade sonora. É sobre mostrar que somos múltiplos. ‘Menino’ já chegou deixando claro isso. Que nós queremos construir novas narrativas.”
Clipe de "Menino". (Vídeo: Reprodução/ YouTube)
7- Após o fim da Banda Uó, quais foram os maiores desafios da carreira solo?
“Eu acho que qualquer novo passo é um desafio. E, pra mim, particularmente foi muito bom! Aprendi muita coisa com a Banda Uó e a história dela está lá contada e intacta. Mas desde que eu fiquei solo, aprendi e evolui tanto como artista, como pessoa, aprendi a fazer tanta coisa que eu não sabia... então, meu saldo é de evolução.”
8- Já são quase 15 anos de carreira! Qual o balanço que você faz da sua trajetória até aqui? Faria algo diferente?
“Completei 10 anos de carreira na pandemia e estou solo desde 2018. A sensação que eu tenho é de que comecei ontem! Pra mim tudo é novo, esse disco é como se fosse o primeiro da vida! Eu mantenho tudo nesse lugar, não quero perder o frescor da novidade. Tem coisas que gosto mais do que outras. Se eu disser que gosto de tudo o que lancei, vou estar mentido! Mas, também acho que tudo me levou até o lugar que estou hoje, então, pra mim foi válido.”
Mateus Carrilho durante show da "Paixão Nacional Tour". (Foto: Reprodução/ Instagram/ Vinicius Costa)
9- Ping Pong:
- Qual a primeira lembrança que você tem da vida?
“Eu com meu caderninho sentado, minha mãe no sofá pra cantar as músicas que eu fazia.”
- Um defeito e uma qualidade?
“Eu sou controlador. Gosto que tudo saia do jeito que eu quero. E eu me acho amável, gosto de fazer com que todos se sintam bem.
- Mateus Carrilho por Mateus Carrilho?
“Criativo, amável e indomável.”
Foto Destaque: Capa do álbum "Paixão Nacional". Reprodução/ Instagram/ Thais Vandanezi
