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[Exclusivo] Elenco de “Toda Família Tem” fala sobre a nova série nacional da Prime Video

A produção Original Amazon retrata a realidade das famílias brasileiras, driblando as adversidades através do bom humor, afeto e diversidade; confira as entrevistas com o elenco e equipe

13 Jul 2024 - 20h45 | Atualizado em 13 Jul 2024 - 20h45
[Exclusivo] Elenco de “Toda Família Tem” fala sobre a nova série nacional da Prime Video Lorena Bueri

O Brasil é um país de dimensões continentais. Diversas culturas e configurações de famílias, das mais diferentes formas, mas todas iguais quando o quesito é amor. Que família não tem uma avó que é a grande matriarca? Quais irmãos que não têm a implicância como principal linguagem de afeto? Quem nunca teve dúvidas do que fazer da vida? Tudo isso e muito mais está retratado em “Toda Família Tem”, nova série de comédia brasileira da Prime Video, produzida pela Black Pen Filmes, que chegou ao catálogo na última sexta-feira (12).

“Toda Família Tem” conta a história de Pê (Pedro Ottoni), um menino de 19 anos que vê a vida virar do avesso quando tem que voltar para o Rio de Janeiro com a família, e morar na casa da avó materna, Geni (Solange Couto), vendo seus privilégios e liberdade irem por água abaixo. Através de perrengues e desafios do dia-a-dia, a família Silva gera identificação ao público, ao driblar tudo com muito amor e uma boa dose de bom humor.

Confira a entrevista com o elenco e equipe de “Toda Família Tem”

A família Silva é uma retratação bem fiel das famílias Brasil afora, e, pensando nisso, perguntamos ao elenco o que tem na família de cada um deles, que enxergam também nos Silva. Pedro Ottoni, um dos criadores e o protagonista da série, afirmou que dona Geni, sua avó, está muito bem representada pelo papel de Solange Couto, na personagem homônima. Já para Gabriela Dias, que vive a personagem Paty, a avó Geni também é a personagem que mais gerará identificação no público, principalmente pelo Brasil ser um país cujas famílias são muito matriarcais.

“Na minha família, guardadas as proporções, eu identifico muito as minhas avós, tanto materna quanto paterna. Isso é muito interessante, porque acho que grande parte das pessoas que assistirem vão se identificar com a avó. Tem outros personagens também, como o irmão mais velho, que me lembra de outras pessoas da minha família, como um tio, que só chega na hora de comer…então cada personagem tem algo que lembra, mas a avó, eu tenho certeza que muitas pessoas vão se identificar com ela.”

Duda Pimenta, que vive a personagem Bruna, uma amiga da escola de Pê, que entra na vida do menino de forma inusitada, também sente sua bisavó fortemente retratada na série. “Eu cresci em uma família que só tinha mulheres, então eu me lembro muito da minha bisavó. Tinha também o vizinho, que não era da família, mas sempre estava presente, um tio que vinha do interior e que a gente nem lembrava que era tio, mas estava sempre presente…então tem muitas coisas da família Silva que me lembram muito da minha, e que também me ajudou muito na construção da minha personagem.”

Para o ator e produtor Jonathan Haagensen, um dos produtores de “Toda Família Tem” e fundador da Black Pen Filmes, a série tem detalhes muito comuns da cultura brasileira: “Vai desde a alimentação, cores, figurinos, modo de falar, todas as gerações em um mesmo lugar, a possibilidade de sonhar…Toda Família Tem traz tantas coisas de uma família global e universal, que acho que em qualquer lugar do mundo você vai se identificar. E não por acaso, na Amazon, que é essa plataforma que conversa com o mundo todo, e que dá a possibilidade de entregar, através de nós, criadores, um conteúdo universal, brasileiro, divertido e solar, que você pode sentar em um domingo com a família e se deliciar.”

A cineasta Yasmin Thayná, que dirige a série ao lado de Cris D’Amato, também identifica a própria família nos Silva: “A minha [família] tem tudo isso. Tem assuntos ali que a dramaturgia se desdobrou em coisas comuns. Não é sobre a família do Jonathan, da Mariana, a minha…é sobre nossas famílias juntas. Então tem coisas ali que podem ser inéditas, mas boa parte são coisas que são muito comuns. Essa coisa de falar por cima, do namorado novo que chega, alguém apaixonado que não quer admitir, da implicância entre os irmãos…eu cresci em uma casa com dois irmãos, então isso era muito comum de acontecer. A dinâmica familiar tem tudo a ver com a minha história também”.


Assista ao trailer de "Toda Família Tem" (Reprodução/YouTube/Prime Video Brasil)


Representatividade negra em “Toda Família Tem”

“Toda Família Tem” é uma produção com quase todo o elenco negro. Embora as questões raciais não sejam o principal enfoque da série, representatividade importa, e sempre importará. Assistir algo com que você se identifique e se veja, é de suma importância para o empoderamento de um povo. Para Maíra Azevedo, a Tia Má, que vive Deise, a mãe de Pê na trama, fazer parte desse elenco é um presente. Emocionada, ela nos contou um pouco sobre como se sente ao fazer parte de algo tão simbólico.

“É um presente, sabe? Porque por mais que às vezes não queira falar sobre isso, a gente tem. Eu sempre digo: eu quero ser atriz. Mas eu sempre vou ser uma atriz negra. E eu sei que em vários lugares eu vou fazer só alguns personagens, ou talvez eu não faça nada. Então quando eu vejo uma família que tá falando de uma relação familiar, a gente está falando de histórias que qualquer pessoa vai se identificar. Todo mundo vai conhecer uma Geni, um Jorge, uma Deise, um Pê…mas quando você olha e se vê, isso muda o mundo. Você cria possibilidades, você possibilita que as pessoas possam sonhar.”, começa a atriz.

“A gente passou a nossa vida toda assistindo histórias que falavam da gente, sem a gente aparecer. De repente a gente está contando uma história para todas as famílias com a nossa presença. É um presente coletivo (...) A presença de uma família como a Silva não é fruto da minha luta, é da luta de gente que veio lá atrás e a gente não pode esquecer disso. É uma conquista que inclusive meus filhos vão poder usufruir, sem nem talvez ter noção de que muitas vezes a gente não se viu (...) Só tinham pessoas pretas na televisão para falar do período da escravidão, e em Toda Família Tem a gente está falando de uma história de amor, confiança, de superação, de carinho, conexão. E acho inclusive muito importante ter a figura de um pai como o Jorge, que é um homem preto exercendo a paternidade através do afeto, onde ele luta para ser um pai presente. É a gente fugindo do estereótipo que foi criado”, finaliza.

Para Érico Brás, que interpreta Jorge na série, o pai da família Silva, a produção é a realização de algo que já deveria ser visto há tempos. “Isso é uma das pontas desse iceberg que a gente sempre fala. A gente quer estar. E que isso sirva de exemplo pra outras produções, pra outras empresas. A Prime Video no Brasil está fazendo isso que a gente queria há muito tempo que existisse. Então, pra gente é um prazer. É uma honra estar fazendo um trabalho desses com tanta dedicação, mostrando que é possível ter uma família brasileira do nosso jeito. Que nós existimos no Brasil. O Brasil somos nós. E as pessoas dos outros países vão olhar e dizer: ‘Poxa, que legal!’ Que bom que a gente conseguiu mostrar o Brasil dessa forma também. Essa família tem esse elenco composto por gente de tudo que é lugar do país, mas traz algo em comum, que é o jeito de ser brasileiro em família. A mãe, o pai, a sogra, o filho, a avó, o vizinho, os amigos…tá tudo dentro de um universo que a gente queria ver há muito tempo”, afirma o ator.



Érico Brás, Solange Couto e Maíra Azevedo em "Toda Família Tem" (Foto: divulgação/Prime Video)


Solange Couto, atriz que carrega consigo uma bagagem de mais de quatro décadas de carreira, iniciou a profissão em um momento bem diferente do atual. Para ela, que vive a matriarca da família Silva, a avó Geni, “Toda Família Tem” foi um trabalho maravilhoso e que vai gerar identificação no público. “Eu sou de uma geração, que quando criança, dizia pro meu pai: ‘quando eu crescer, quero ser atriz igual a Yoná Magalhães’. Porque eu não tinha nenhuma outra referência, não existiam. Ator branco era pintado de preto para fazer um escravo, ou um mestiço, como se chamava na época (...)

Então, essa família não faz distinção de absolutamente nada, ela simplesmente se representa. Ela simplesmente botou a nossa cara. Simplesmente esse trabalho permitiu mostrar que existem famílias de todos os jeitos sim! Inclusive da nossa cor. E não tratando exatamente desse assunto, porque a família não trata sobre esse assunto. Trata, na verdade, da convivência, do amor, do respeito, do cuidado, da bronca, do carinho, das gerações, da avó até o bisneto…então esse trabalho é maravilhoso. Está sendo maravilhoso estar fazendo esse trabalho que eu tenho certeza que não vai parar nessa primeira [temporada]. E que as pessoas vão se enxergar, vão se encontrar, se identificar. Vão dizer: ‘Gente, ali nós!’, ‘É que nem minha tia!’, ‘Olha lá a filha de fulano, malcriada, teimosa!’, ‘Ih, essa velha é chata, dá baile em todo mundo!’.

Então as pessoas vão se identificar, vão se ver, porque toda família tem tudo aquilo que a gente conseguiu colocar e tem! Tudo que foi muito bem escrito, bem dirigido, que foi muito bem montado e muito bem encenado por nós. Porque eu não sou humilde de dizer ‘eu dei um jeitinho’. Uma ova! Eu botei pra fora essa mulher que existe em cada metro quadrado nacional e no mundo!”, finaliza a atriz.

Construção da série e personagens

Pedro Ottoni, um dos criadores, roteiristas e produtores da série, além de, claro, protagonizar, dando vida ao Pê, criou o personagem de forma inusitada: “Ironicamente, quando eu estava escrevendo os personagens, eu botei [os nomes] só para ser fácil de lembrar! Então, eu pensei, estou escrevendo esse personagem para mim, então vou colocar Pê. Só que o canal gostou e manteve os nomes! E eu falei: ‘Não, mas não era pra manter!’, eu zero tinha a intenção de ser meu próprio nome e acabou que foi! Tanto é que era Pedro, mas eu pensei, vamos botar Pê, então, que ninguém na vida me chama de Pê, que aí me distancia um pouco do personagem.

Mas é um personagem que tem muitas nuances e acho que é isso que é gostoso de fazer. Tem momentos que ele vai ser mais sério, mais dramático. Tem momentos que ele vai ser dramático de forma teatral, em que ele nem tá sofrendo tanto, mas ele sabe que é assim que ele ganha as coisas. E tentar sempre defender esse personagem, pra que as pessoas possam se identificar e entender o que ele está passando. Porque ele é um menino que tinha tudo em São Paulo e agora perdeu tudo e voltou pro Rio de Janeiro. Na cabeça dele, ele voltou pra estaca zero. Então é muito difícil, do nada isso acontecer”, conta Ottoni.



Pedro Ottoni como Pê em "Toda Família Tem" (Foto: divulgação/Prime Video)


Já Gabriela Dias é bem diferente da sua personagem, e aproveitou para brincar com as diferenças e nuances. Na série, Paty é uma cantora que ganha a vida através da internet, após ter viralizado sua música nas redes sociais. “Eu diria que eu tive referências de pessoas que eu admiro, cantoras que eu admiro, pra construir uma personalidade, mas essa questão da internet, que é algo muito atual, eu não vivo tanto. Eu confesso que tento trabalhar isso, pra interagir mais com meus seguidores, falar com as pessoas, só que eu não vivo muito isso.

Então, quando eu fui fazer a Paty, eu quis brincar neste lugar. É tipo, já que eu não faço muito isso, aqui eu vou fazer pra me desenrolar, ver como funciona, pra brincar, pra zoar, e funcionou! E é uma questão atual! A gente vive nessa geração que fala da internet, do Tik Tok, dessas redes sociais…então foi uma coisa que contribuiu, por já ser algo palpável, porque está aqui, no dia-a-dia você vê isso, mas ao mesmo tempo, foi um desafio, por não ser algo que estou sempre fazendo”, conta.

Duda Pimenta também vive uma personagem muito atual. Bruna, a amiga e vizinha da família Silva, é uma jovem muito ligada à questões de astrologia, ou, no popular, nos signos dos zodíacos. A atriz confessa que sempre gostou muito de estudar sobre o assunto, mas que Bruna a fez sair da zona de conforto, e continua: “Eu queria entender mais para quando eu fosse citar ou falar. Então eu comecei a estudar mais sobre os signos e agora se tornou um vício! A partir do momento em que eu conheço uma pessoa eu já pergunto o signo. Eu comecei a me apaixonar muito por astrologia, e confesso que estou estudando bastante sobre isso. Então foi algo que me ajudou bastante na construção da personagem. No começo eu não estava na minha zona de conforto, mas depois foi algo que ficou natural e me ajudou muito.”



Elenco de "Toda Família Tem" (Foto: divulgação/Prime Video)


Jonathan Haagensen conta sobre a construção da série através da importância e necessidade de retratar a diversidade brasileira pelo caminho da alegria, afeto e humor: “A gente passou a vida inteira consumindo audiovisual e eu não só consumindo, mas fazendo, [senti] uma necessidade de trazer histórias solares e positivas, que possibilitem as próximas gerações e até nós mesmos, a sonhar e ir pelo caminho da felicidade, do sorriso, do humor. E como eu sou muito fã e consumo muito televisão, a gente foi moldado pela televisão. E o que a gente tinha dessa representação desse Brasil mais diverso eram as séries americanas, como ‘Todo Mundo Odeia o Chris’, ‘Eu, a Patroa e as Crianças’, ‘Um Maluco no Pedaço’, e um pouco próximo aqui de um ‘Chaves’ e a gente também teve ‘A Grande Família’.

E com isso, eu senti a necessidade, como produtor e como criador junto com a Mariana Veil, de trazer um conteúdo que dialogasse mais com essa realidade brasileira que a gente está vivendo agora. Não só unindo esse elenco, mas trazendo a Yasmin Thayná, que já fala sobre família, e a Cris D’Amato, super experiente e muito sensível nessas questões de tratar a nossa diversidade, a nossa cultura através do humor. E ‘Toda Família Tem’ vem com essa missão de cumprir essa lacuna, que a gente já vê tanto em ‘Medida Provisória’, dirigida por Lázaro Ramos, os filmes da Yasmin trazem muito isso, tem o ‘Fartura’, o ‘Kbela’...temos ‘Marte Um’, ‘Encantados’, que são obras que já vêm contemplando essa necessidade da gente consumir conteúdos como ‘Toda Família Tem’”.

Pedro Ottoni finaliza com um recado ao público que ainda não assistiu a série: “Eu acho que se você começa vendo e gosta das situações que estão acontecendo ali, e que acontecem no dia-a-dia, a gente tem ainda mais coisa guardada no lugar da identificação”. “Toda Família Tem” está disponível no Prime Video com a temporada completa, totalizando 7 episódios, e é a pedida perfeita para seu fim de semana em família!

Foto destaque: Família Silva em "Toda Família Tem" (Divulgação/Prime Video)

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