Após marcar presença em projetos televisivos e digitais com performances que transitam entre o drama, a comédia e a ação, Camilla Camargo se prepara para viver um novo momento em sua carreira: dois lançamentos cinematográficos em 2025, ambos muito distintos entre si, mas unidos por um denominador comum: o de evidenciar a maturidade artística de uma atriz que vem ampliando suas margens expressivas.
O primeiro deles, “A Caipora”, marca a estreia da artista no universo do thriller, gênero ainda inédito em sua filmografia. Dirigido por Deivis Horbach e roteirizado por Reinaldo Guedes, o longa se desenrola a partir de uma trama de suspense que mistura o real e o mítico. Após a morte de dois jovens em uma floresta, uma investigadora civil, um delegado e um policial — vividos por Camilla, Kayky Brito e Nill Marcondes — se veem enredados em uma sucessão de crimes cuja autoria é atribuída à figura da Caipora, protetora das matas segundo o folclore brasileiro.
Camilla Camargo (Foto: reprodução/Pupin+Deleu)
A construção da personagem, Débora, exigiu de Camilla não apenas uma imersão no gênero, mas também uma conexão com o simbólico: “Foi dos trabalhos mais instintivos que participei. Havia o roteiro, claro, mas também havia aquilo que só o corpo na cena, em meio à natureza, podia captar. Esse filme me levou para um lugar de silêncio, escuta e ligação com ancestralidade que eu ainda não tinha explorado como atriz. Sinto que estou numa fase de buscar personagens que me confrontem, que exijam de mim mais do que apenas a entrega técnica. Estou em busca de risco criativo”], comenta.
Camilla Camargo (Foto: reprodução/Pupin+Deleu)
A atriz também integra o elenco de “Coração Sertanejo”, produção em que interpreta Bruna, uma produtora musical — função que remete à sua própria vivência acadêmica, já que desempenhou esse papel durante a graduação em Rádio e TV, na FAAP. Ambientado no universo da música sertaneja contemporânea, o filme aborda os bastidores da indústria da primeira arte, entrelaçando melodias, tensões e reencontros.
“Dar vida à Bruna foi especial porque, de certa forma, me levou de volta a um lugar familiar. Revisitar essas raízes, ainda que por outro viés, despertou memórias e reflexões sobre quem eu fui e quem sou hoje.”], conclui.
Foto destaque: Camilla Camargo (reprodução/Pupin+Deleu)