Em cartaz desde o dia 1º de maio, “Homem com H”, cinebiografia de Ney Matogrosso, tem rendido não apenas elogios ao retrato de um dos maiores ícones da música brasileira, mas também colocado o nome de Bruno Montaleone sob novos holofotes. Na trama, o ator interpreta Marco de Maria, figura real e ex-companheiro do cantor, numa atuação que vem sendo descrita como corajosa, sensível e cheia de camadas.
O ator carioca, que comemora dez anos de carreira em 2025, vê o papel como um divisor de águas; não apenas pelo desafio técnico, mas também pela complexidade emocional de interpretar um personagem real com peso histórico: “Não se tratava de criar um papel a partir do zero, mas de habitar a memória de alguém que existiu, que amou, que sofreu, que viveu ao lado de alguém como o Ney. Foi preciso muito respeito, muita escuta, e principalmente muita entrega. Marco não é só o ex-companheiro, ele é uma parte de toda a história afetiva e artística que o filme se propõe a iluminar”, conta.
Bruno Montaleone (Foto: reprodução/Gabi Lisboa)
A repercussão positiva do longa reforça o momento ascendente do ator, que em breve volta às telonas como protagonista de outro projeto de grande visibilidade: a sequência de “Perdida”, “Encontrada”, adaptação cinematográfica do best seller de Carina Rissi produzida pela Disney. O primeiro filme foi sucesso entre o público jovem e arrastou as chamadas bookstans aos cinemas em 2023.
Na história, Bruno interpreta Ian Clarke, par romântico de Sofia (Giovanna Grigio), uma jovem deste século que viaja no tempo rumo ao passado. Sobre o reencontro com o papel, ele comenta: “O Ian cumpre todos os requisitos do arquétipo de príncipe mas também tem muitas rachaduras, e são essas fissuras que me fascinam como ator.
Acredito que o desafio do segundo filme será justamente esse: mostrar um Ian que amadureceu, mas sem perder o jeito cordial, gentil, e até um pouco tímido que fazem parte de suas marcas e que geram esse sentimento de acolhimento por parte do público”.
Perguntado sobre a responsabilidade de dar continuidade a um projeto com uma base de fãs tão engajada, ele não hesita: “Eu tento honrar com verdade cada página do roteiro. É muito fácil cair na tentação de fazer ‘o que deu certo da última vez’. Mas o cinema que eu tento fazer é o que se arrisca. Mesmo numa história romântica e quase fantasiosa, há espaço para nuance, para conflito, para humanidade”, conclui.
Foto destaque: Bruno Montaleone (Reprodução/Gabi Lisboa)