A concretização do tão aguardado projeto da nova Vila Belmiro pode enfrentar atrasos além do previsto. Na noite da última quarta-feira (13), durante uma reunião no Conselho Deliberativo, Marcelo Teixeira, presidente do Santos, indicou aos conselheiros que está sendo planejada a elaboração de um novo contrato abrangendo todos os pontos, de ambas as partes, para a construção do novo estádio.
Este documento será submetido a votação no órgão, podendo também ser levado à votação entre os sócios. A intenção é legitimar o processo, garantindo maior transparência e participação na tomada de decisão.
Entrave entre clube e construtora
No contrato, serão incluídas alterações solicitadas pelo Santos e considerações feitas pela construtora, resultando em várias mudanças em comparação com o documento anterior, elaborado durante a gestão do ex-presidente Andres Rueda. Essa burocracia inevitável resultará no adiamento de alguns dos planos estabelecidos pelo clube.
O principal entrave das partes envolvidas era com a venda de camarotes e cadeiras tivesse início em abril, na semana de aniversário do clube, mas esse fato já está fora de questão. A expectativa é que a comercialização ocorra apenas no segundo semestre. Desde então, o dirigente não apenas está incomodado com as burocracias, mas também irritado com as ações do Santos no passado, as quais, segundo ele, foram realizadas "sem nenhum critério”. “Não é que não esteja animado. Eu estou acompanhando esse processo todo. Ao acompanhar, eu gostaria que tivesse mais rapidez. Isso que me incomoda. Queremos ter uma nova arena, mas temos que estabelecer os esclarecimentos que não estavam. Havia um memorando sem nenhum critério. Só com teses e possibilidades”.
Presidente planeja mudanças no contrato assinado entre clube e construtora do Estádio (Foto:reprodução/instagram/@marceloteixeira)
Multa contratual
Por outro lado, a WTorre está empenhada em cumprir as novas exigências estabelecidas pelo Santos e em se adaptar, na medida do possível, às solicitações do presidente Marcelo Teixeira.
Caso o Peixe rescinda o contrato com a WTorre, o Santos teria que pagar a multa estipulada no acordo. Isso poderia ocorrer por meio de um rompimento unilateral, decidido unicamente pelo presidente, ou através de um veto no Conselho Deliberativo ou entre os associados.
Desta forma, as discussões provavelmente se prolongarão até que tudo esteja alinhado.
Foto destaque: Santos e WTorre discutem novos acordos para construção de novo estádio (Reprodução/Globo.com/GE)