Vasco completa um ano de SAF no sábado; veja mais detalhes do retrospecto da 777 Partners

No próximo sábado (02), o Vasco da Gama completará um ano desde que foi vendido para a 777 Partners. O grupo americano comprou 70% da SAF, controlando as operações e chegando a um valor estimado de R$ 1,4 bilhão para o clube.

Investimentos em 2023

O Vasco tem em contrato que receberá mais R$ 700 milhões em investimento até 2026, com a empresa assumindo o compromisso de quitar a dívida do clube, de mesmo valor. Todo o dinheiro investido não livrou o time de problemas dentro e fora de campo.

Com um grande esforço, conseguiram o acesso, mas tiveram o pior início de campanha da história no Campeonato Brasileiro. O dinheiro investido está sendo usado para contratações, salários, melhorias no CT, logística, gramado e tudo o que envolve o futebol do Vasco.

Somente em 2023, o clube teve 26 novas contratações. Mas desse número, pelo menos três pessoas foram processadas e acabaram nos tribunais da FIFA por atrasos de pagamento: Leo Jardim (Lille), Puma Rodriguez (National) e Capasso (Atlético Tucumán). Dez jogadores receberam direitos econômicos, o que custou aos cofres da SAF quase 120 milhões de reais.

Além disso, a vinda de Payet precisou de um maior investimento pela parte do Vasco, com o jogador recebendo R$ 1,2 milhão por mês, sendo o maior salário entre todo o elenco. O clube prefere não abrir valores sobre sua receita, mas espera ter a maior da sua história, em 2023.

_{Josh Wander, sócio-fundador da 777 Partners, ao lado do antigo CEO do Vasco Luiz Mello. (Foto: reprodução/Thiago Ribeiro/AGIF)}

Situação no CT

Mesmo com todas as mudanças no time, o CT não teve muitas melhorias, isso porque, se esperava um investimento melhor por parte da 777 Partners. Até o momento, o estacionamento foi pavimentado, a academia foi ampliada, os gramados estão em boa qualidade, e ganharam uma nova identidade visual.

Os bastidores e o futebol

Durante esse um ano de contrato, o Vasco teve desgastes com a SAF na troca de CEO. Luiz Mello não era bem visto pelos dirigentes do clube para ocupar a posição. O CEO também teve ruídos com o diretor esportivo, Paulo Bracks, já que Mello era visto como uma figura inflexível. No mês passado o clube teve uma troca no comando e Lúcio Barbosa, ex-diretor financeiro, assumiu o cargo.

O Vasco estava fazendo uma campanha relativamente boa, conseguindo o acesso, indo dentro do esperado no Campeonato Carioca e algumas classificações. O cenário mudou com a Copa do Brasil, e foi eliminado no mata-mata pelo ABC, em São Januário. Já no Brasileiro, chegaram a perder seis jogos seguidos e o técnico Barbieri caiu após a derrota contra o Goiás.

Foto destaque: Estádio do Vasco, em São Januário. Reprodução/divulgação/Conmebol