Ex-piloto de fórmula um, Nelson Piquet usou termo racista para se referir ao piloto Britânico Lewis Hamilton, além disso, Piquet também usou termos homofóbicos, entenda o caso:
O ex-piloto vem sendo bastante criticado nas redes sociais, quando em uma entrevista concedida ano passado tomou grandes proporções nas últimas semanas, o recorte dessa entrevista veio do portal Grande Prêmio, Nelson voltou a usar termo racista contra Hamilton. No primeiro trecho dessa entrevista, que tomou conta da internet, foi quando Piquet chamou o britânico de “neguinho” duas vezes e não satisfeito em praticar esse crime ao atual piloto, ainda utilizou de homofobia para atacar filho de outro ex-piloto, esse sendo Keke Rosberg e Nico Rosberg.
Lewis Hamilton e Max Verstappen bateram na segunda volta do GP da Inglaterra (Foto: Reprodução/AP Photo/Jon Super)
O termo racista foi utilizado quando ao opinar sobre a batida de Lewis com Max Verstappen na corrida da Inglaterra que aconteceu em 2021. O piloto holandês namora com Kelly, filha de Piquet. Em comunicado, Nelson se esquivou da culpa dizendo que a palavra é dita de forma coloquial entre os brasileiros além de ter dito que a palavra foi traduzida incorretamente.
“O que eu disse foi mal pensado, e não defendo isso, mas vou esclarecer que o termo usado é aquele que tem sido amplamente e historicamente usado coloquialmente no português brasileiro como sinônimo de ‘cara’ ou ‘pessoa’ e nunca tive a intenção de ofender. Peço desculpas de todo o coração a todos que foram afetados, incluindo Lewis, que é um piloto incrível, mas as traduções em algumas mídias que agora circulam as redes sociais não estão corretas. A discriminação não tem lugar na f1 ou na sociedade e estou feliz em esclarecer meus pensamentos a esse respeito.”
Já as falas direcionadas ao Keke, são as seguintes: “O Keke? Era uma b... não tinha valor algum. É que nem o filho dele (Nico), ganhou um campeonato, o neguinho (Lewis) devia estar dando mais c... naquela época estava meio ruim”, disse Piquet. Mas não se desculpou sobre esse caso.
Entretanto, o Tribunal de justiça do Distrito Federal aceitou nesta segunda-feira (11) a ação que foi movida contra o ex-piloto. Nelson terá de pagar uma indenização de 10 milhões, contudo, o brasileiro ainda tem a possibilidade de 15 dias para apresentar uma contestação. Segundo o Estadão, essa ação foi ajuizada pela Educafro (responsável por promover a inclusão de negros nas universidades públicas e privadas). A aliança Nacional LGBTI+ e a Associação de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH) citam “reparação de dano moral coletivo e dano social infligidos à população negra, à comunidade LGBTQIA+ e ao povo brasileiro de modo geral”.
Foto destaque: Nelson Piquet, ex-piloto brasileiro e tricampeão mundial da F1. Reprodução/Reuters