O duelo entre Atlético-MG e Cruzeiro saiu para fora das quatro linhas, pois torcedores cruzeirenses alegam más condições no setor visitante. Por conta disso, o caso foi parar na justiça e com alguns processos já protocolados. Os processos miram o Atlético, a SAF do clube e, também, a Arena MRV devido às ações tomadas no setor visitante durante o clássico mineiro. Diferentemente da derrota no setor visitante, o Cruzeiro saiu com a vitória dentro de campo por 1 a 0.
Danos materiais e morais
Um dos processos protocolados é de um empresário, morador do bairro Barroca, na 10ª Vara Cível que pede uma indenização no valor de R$ 15.180,00 alegando danos materiais e morais. Já outro processo foi dado na 9ª Vara Cível, pedindo R$ 10.090,00 de indenização moral. Este último foi feito por um advogado do bairro Floramar. Os dois processos citam a Lei Geral do Esporte para conseguir seus direitos como consumidores.
Os problemas declarados são semelhantes: falta de água potável, já que os bebedouros, de acordo com o documento, eram inexistentes, a falta de portas no banheiros e ausência de papel higiênico.
Alguns itens citados em processo protocolado na Vara Cível (foto: reprodução/GE)
Novamente, a dificuldade para a visão do campo foi relatada. Segundo o processo, um tapume colocado para separar as torcidas causava ponto cego para os cruzeirenses.
Pontos levantados por torcedor do Cruzeiro em processo (foto: reprodução/GE)
Devastação no setor visitante e problemas na Arena
Antecedendo os processos protocolados, os torcedores visitantes já haviam reclamado da falta de bebidas alcoólicas, da falta de portas nos banheiros e da ausência de sabão e papel higiênico. O Atlético tentou resolver a questão do papel higiênico, mandando repor nos sanitários visitantes, no entanto, os funcionários da Arena relataram que foram ameaçados durante o trabalho. Entretanto, não foi somente os torcedores do Cruzeiro que tiveram motivos para reclamar.
Banheiro sem porta no setor visitante da Arena MRV (foto: reprodução/GE/Guilherme Macedo)
No final da partida, a Arena MRV se presenciou caótica. Em imagens divulgadas pela própria arena, o setor visitante contava com muita destruição, com cadeiras, câmeras e catracas quebradas. De acordo com a contagem do clube, foram 258 cadeiras quebradas.
Arena MRV relata cadeiras quebradas por torcedores do Cruzeiro contra o Atlético-MG (foto: reprodução/divulgação/Arena MRV)
O CEO do Galo, Bruno Muzzi, foi entrevistado pelo GE, onde disse que houve “excesso” por parte do clube ao retirar as portas do banheiro feminino no setor, porém, foi em razão de evitar a destruição no estádio, já que foi monitorado pelo Atlético nas redes sociais que os torcedores do Cruzeiro planejavam deteriorar a Arena MRV.
Foto Destaque: situação do gramado na Arena MRV (Reprodução/Instagram/@arenamrv).