Nessa quarta-feira, o Ministério Público da Espanha pediu a prisão técnico Carlos Ancelotti por fraude fiscal. Atualmente, o treinador atua no famoso Real Madrid, mas era um dos principais nomes cotados para assumir o comando da Seleção Brasileira em 2023. A acusação foi feita a partir da informação que o italiano teria sonegado 1 milhão de euros em impostos em 2014 até 2015, período que marca sua primeira passagem no clube espanhol.
Carlos Ancelotti em uma das partidas do Real Madrid (Foto: reprodução/@Lance!)
O esquema
De acordo com a acusação, Carlos Ancelotti teria orquestrado um esquema complexo por meio da empresa Vipia Limited a fim de evitar a tributação. Assim, ao assinar o contrato com o clube Real Madrid em 2013, o treinador vendeu seus direitos de imagem para essa empresa. No contrato inicial, essa concessão teria sido vendida por 25 milhões de euros e valeria por 10 anos.
Porém, um dia após essa negociação, a corporação nomeou Ancelotti como seu representante, deixando claro que o italiano tinha máximos poderes na gestão dos seus direitos de imagem. Logo, o contrato foi modificado, fazendo com que ele valesse apenas por três anos e pelo valor de 1 milhão de euros. Segundo o Ministério Público da Espanha, o italiano teria omitido todos os rendimentos relacionados à exploração dos seus direitos de imagem e apenas apresentou as declarações correspondentes ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares.
O pronunciamento
O clube Real Madrid e Carlos Ancelotti ainda não se pronunciaram sobre o assunto. O time entra em campo nessa quarta-feira para disputar o jogo de volta das oitavas de final contra o RB Leipzig, na Liga dos Campeões. Vale ressaltar que casos como esse estão se tornando cada vez mais comuns no mundo esportivo, dado que jogadores como Neymar, Lionel Messi e Cristiano Ronaldo já enfrentaram acusações de sonegação de impostos.
Foto Destaque: Carlos Ancelotti na coletiva de imprensa após jogo do Real Madrid (Reprodução/Trivela)