Com a vitória da Copa do Mundo no Catar, o argentino Lionel Messi conquistou um sonho que vinha de anos. Agora, o camisa 10 seguirá defendendo a seleção por mais um tempo, mas não tem o Mundial de 2026 como meta.
“Não sei, sempre disse que pela idade me parece que é muito difícil ele chegar”, afirma Messi, em entrevista para o jornal Olé. “Adoro jogar futebol, adoro o que faço e enquanto estiver bem e me sentir em forma e continuar a gostar, vou fazê-lo. Mas parece muito até a próxima Copa do Mundo”.
“Eu também não estou antecipando nada. Mas é o que repito e vou repetir. Devido à idade e ao tempo, parece-me que é difícil. Mas depende de como minha carreira vai. Hoje vou fazer 36 anos, vou ver para onde vai minha carreira, o que vou fazer. E depende de muitas coisas”, explica.
Já tendo retornado à ativa no clube francês PSG, com o qual tem vínculo até o final da temporada, o jogador ainda se emociona ao lembrar dos momentos vividos no Catar. Para Messi, “não há melhor finalização” para a própria carreira do que vencer uma Copa do Mundo, aos 35 anos. Essa foi a quinta vez em que o atleta tentava cumprir o feito.
“Vendo a Copa ali, não tinha pensado naquela reação. Foi vê-la e ir, pois ela estava tão perto, veio de dentro de mim me aproximar dela, tocá-la, beijá-la”, conta o camisa 10 sobre o momento em que teve a taça em mãos. “E foi uma emoção enorme poder dizer que aí está, a gente pode pegar, brincar. Saiu sem pensar porque não a tinha visto antes de subir. Foi de passagem que a vi”.
Seleção da argentina vence a França na final da Copa do Mundo (Foto: Reprodução/AFA)
A campanha realizada pela seleção argentina no Catar não foi perfeita. Messi relembra o medo e a ansiedade sentidos antes da partida contra o México, na qual o time sul-americano enfrentava a possibilidade de eliminação. O jogador acredita que, apesar de ter sido um dos piores duelos realizados pela Argentina nos últimos tempos, o time conseguiu transformar a experiência negativa em uma fonte de força.
O jogo contra os sauditas na fase de grupos também foi ressignificado. Na ocasião, o time do Oriente Médio venceu por 2 a 1.
“Até o golpe contra a Arábia nos fez bem, porque tínhamos um excesso de confiança de que sabíamos que íamos jogar contra quem quer que jogássemos, íamos ficar de igual para igual e que poderíamos vencer qualquer um. Mas nos deixou mais alertas e nos fez perceber o que estávamos jogando, que uma Copa do Mundo não é tão simples quanto parece e que qualquer seleção pode nos complicar. Hoje, depois de tudo e vendo como tudo correu, o golpe contra a Arábia foi bom para nós."
Ao falar sobre a final contra a França, Messi ainda disse que todas as peças que usou durante a partida irão para Barcelona. Dentre os objetos, estão as chuteiras e até a capa que Tamim bin Hamad Al Thani, emir do Catar, colocou em seus ombros na hora de levantar o troféu.
A renovação de contrato do técnico Lionel Scaloni na seleção argentina também foi tema da entrevista. Messi expôs que já conversou com o presidente da Asociación del Fútbol Argentino (AFA) sobre o assunto e deixou claro o que pensa: Scaloni tem ajudado o time a crescer e seria ideal continuar com esse processo.
Foto Destaque: Messi beija trofeú da Copa do Mundo. Reprodução/AFA