Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, explica a demissão de Fernando Diniz em entrevista aberta no Centro de Treinamento do Fluminense, no Rio de Janeiro, nesta terça-feira (25). A entrevista durou mais de 2 horas, e rendeu bem mais que só isso.
Por que Diniz saiu
Em entrevista que ultrapassou 2 horas de duração, o dirigente do Fluminense explicou o que motivou a saída do técnico Fernando Diniz, que havia renovando com o time carioca até 2025.
O presidente afirmou que o maior motivo de demissão de Diniz, que havia renovado com o Flu não fazia muito mais de um mês, se deu ao rendimento abaixo do esperado para a temporada de 2024.
Além disso, houve um comentário sobre uma redução na multa rescisória, negociada com o próprio Diniz, durante os trâmites finais do contrato. Estima-se que o valor original girava em torno de R$ 6 a 7 milhões.
“A extensão do contrato foi baseada na tentativa de dar longevidade ao trabalho dos treinadores do Fluminense. Prova disso é que o Fernando é o treinador mais longevo do Fluminense no século 21. Nessa renovação, eu fiz a extensão até o final do meu mandato, sendo que eu poderia estender até meados de 2026. Acreditávamos que retomaremos a performance e os resultados. Porque não estávamos tendo a performance, já eram seis meses tentando, e conversávamos com o Fernando”, explicou o dirigente.
Mário também detalhou o que o fez mudar de ideia sobre a relação com Diniz. Segundo o presida, ambos estavam tentando encontrar o caminho das vitórias há bastante tempo, porém, como elas não vieram, não havia nada mais importante do que o Fluminense.
O dirigente classificou o rompimento como doloroso, mas explicou que era necessário, pois a torcida tricolor precisava parar de sofrer com os resultados ruins. Foi algo consensual, nas suas palavras, inclusive do ‘término amigável’ que surgiu a negociação para a redução da multa rescisória.
Fernando Diniz, foi demitido do Fluminense pouco tempo depois de assinar sua renovação até 2025 (Foto: Reprodução/ Getty Images Embed/ Wagner Meier)
Despedida bonita e o futuro
Bittencourt comentou que a despedida de Diniz, que chegou ao Flu em dezembro de 2018, foi emocionante - um dos momentos mais emocionantes nos últimos anos.
“Eu participei e vi uma das cenas mais bonitas que vi no futebol, com jogadores renomados e os que estão começando chorando. O choro foi muito de que a gente sabe que deu muito certo, a gente queria, mas não estava dando. Foi um momento muito lindo. A partir de hoje, a gente tem que virar a página para voltar a ganhar jogo”, contou.
No entanto, apesar da despedida emocionante, Mário já afirma ter planejado o futuro. Ele comentou que deixará o auxiliar técnico, Marcão, na posição de temporária de técnico do Fluminense.
Foto destaque: Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, fala sobre saída de Fernando Diniz (Reprodução: X/ @FluminenseFC)