Justiça da França suspende cobrança de Mbappé ao PSG
PSG obtém suspensão de embargo milionário contra jogador em disputa judicial que envolve salários bônus e acusações de retaliação na gestão do clube francês

Na segunda-feira (26), a Justiça da França atendeu a um pedido do PSG e decidiu suspender a cobrança de 55 milhões de euros (aproximadamente R$ 355 milhões) que Mbappé, atualmente no Real Madrid, alega ter que receber em função de pendências contratuais do período em que atuava pelo clube francês.
Os advogados do PSG, no dia 12 de maio, solicitaram à justiça a anulação do embargo imposto a favor de Mbappé. O jogador cobra valores referentes a bônus de assinatura, salários dos meses de março, abril e maio de 2024, além de um bônus de ética correspondente ao mesmo período.
LFP apoia cobrança de Mbappé e PSG resiste
Conforme o jogador, os atrasos nos pagamentos teriam sido uma retaliação da diretoria do clube, motivada pelo avanço das negociações que resultaram em sua transferência gratuita para o Real Madrid semanas depois.
A Liga de Futebol Profissional (LFP), órgão responsável pela administração das principais ligas francesas, apoia a reivindicação de Mbappé e exigiu o pagamento dos valores devidos. Contudo, a diretoria do PSG recusou a efetuar o pagamento, argumentando que a decisão da LFP não possui caráter vinculativo. O clube aguarda uma determinação judicial para se sentir legalmente obrigado a realizar o pagamento.
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Mbappé comemora Campeonato Francês (Foto: reprodução/Franck Fife/Getty Images Embed)
PSG contesta forma escolhida para resolver conflito
Segundo Delphine Verheyden, advogada do jogador, ao longo de um ano eles buscaram uma solução pacífica para garantir o pagamento do salário devido a Mbappé, mas não obtiveram sucesso. Embora tenham optado por manter a discrição até o momento, os 55 milhões de euros ainda não foram recebidos pelo atleta.
Diante dessa situação, decidiram adotar uma postura mais ofensiva, reunindo uma equipe composta por especialistas em direito trabalhista, mediação, direito penal e direito civil. Conforme a advogada, é importante reconhecer que o caso ultrapassa sua área de atuação, que é o esporte.
Em resposta, o PSG afirma não entender por que Mbappé não leva a disputa ao Conseil des Prud”/hommes, o único tribunal capaz de julgar esse tipo de questão. Segundo o clube, os advogados do jogador justificam a ausência por ele não ser um funcionário comum.
No entanto, o clube sustenta que o jogador deve ser tratado como tal e cumprir os compromissos firmados com o empregador, apesar de ter usufruído de benefícios excepcionais durante seus sete anos no PSG.
Foto Destaque: Mbappé pelo PSG (Reprodução/Instagram/@k.mbappe)