Alexia Putellas e outras jogadoras convocadas nesta segunda-feira (18), para a seleção da Espanha pela nova treinadora Montse Tomé, publicaram nas redes sociais um comunicado explicando a decisão de não aceitar o chamado. Este movimento está relacionado a uma manifestação recente das atletas em que renunciavam a jogar pela Espanha até que mudanças estruturais ocorressem na Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), agora elas estão buscando brechas legais para evitar possíveis punições enquanto enfrentam desafios legais e continuam sua luta por melhorias no esporte.
Alexia Putellas publicou nas redes sociais um comunicado explicando a decisão de não aceitar o chamado da nova treinadora (Foto: reprodução/Twitter/X/@alexiaputellas)
A revolta das jogadoras
Poucas horas após o anúncio da convocação, um grupo de jogadoras, incluindo Alexia Putellas, recusou publicamente a convocação e emitiu um comunicado conjunto nas redes sociais, elas explicaram que mantêm sua posição anterior de não jogar pela seleção até que suas preocupações com a RFEF sejam tratadas.
No comunicado também expressaram a intenção de examinar "as possíveis consequências legais" de sua recusa, já que, de acordo com a legislação esportiva espanhola, as atletas que recusam uma convocação sem apresentar uma justificativa adequada podem enfrentar penalidades que vão desde multas até suspensões de até cinco anos.
Nova treinadora, Montse Tomé terá estreia à frente da seleção na sexta-feira (22) (Reprodução/Instagram/@sefutbolfem)
A busca por uma brecha legal
Em meio a essa complexa situação, as jogadoras estão explorando opções legais para justificar sua renúncia à convocação. Um dos argumentos que estão considerando é o atraso no anúncio da lista, que ocorreu apenas cinco dias antes da primeira partida, desrespeitando a regra da FIFA de que os clubes devem ser informados com 15 dias de antecedência; as jogadoras alegam que, devido a esse atraso, a RFEF não pode exigir que aceitem a convocação.
A posição das jogadoras espanholas também encontrou apoio internacional,pois a meia sueca, Filippa Angeldahl, expressou seu apoio às jogadoras espanholas, afirmando que outras nações também as apoiarão em qualquer decisão que tomarem.
A situação continua a evoluir, e o futuro dessas jogadoras e seu relacionamento com a seleção espanhola permanecem incertos. A questão central é se a RFEF cederá às demandas das jogadoras ou se haverá uma batalha legal prolongada que pode gerar implicações significativas para o futebol feminino na Espanha.
Foto destaque: jogadoras da Espanha em comemoração de título da Copa do Mundo Feminina 2023. Reprodução/Instagram/@sefutbolfem