Hugo Souza pode ser novidade na Seleção e encerrar jejum histórico dos corintianos
Goleiro do Corinthians deve figurar como titular contra o Japão e pode se tornar o primeiro do clube a começar um jogo pela Seleção desde Dida, em 2002

O goleiro Hugo Souza deve ser a principal novidade da Seleção Brasileira no amistoso contra o Japão, que acontece nesta terça-feira (14), às 7h30 (horário de Brasília), em Tóquio. Caso comece jogando, ele poderá quebrar um longo jejum envolvendo jogadores do Corinthians na equipe principal: será o primeiro arqueiro do clube a iniciar uma partida da Seleção desde Dida, em 2002, há mais de duas décadas.
Nos últimos anos, embora alguns atletas corintianos tenham sido convocados, poucos realmente entraram em campo e, quando atuaram, foi por tempo reduzido. Em 2017, Cássio participou de um amistoso também contra o Japão, mas jogou apenas o segundo tempo, substituindo Alisson. Já o atacante Yuri Alberto teve uma passagem ainda mais discreta: entrou nos minutos finais da derrota para o Marrocos, em 2023. Fagner, outro nome recorrente em convocações, atuou por 180 minutos em 2019, enquanto Rodriguinho e Renato Augusto também defenderam a Seleção em oportunidades pontuais, com participações nas Eliminatórias e amistosos em anos anteriores.
Confiança da comissão técnica e possível estreia como titular
A presença de Hugo Souza entre os 11 iniciais não seria por acaso. O goleiro vem sendo chamado com frequência por Carlo Ancelotti, que já o convocou em três oportunidades. Em setembro, o treinador italiano revelou publicamente que pretendia utilizá-lo em uma das partidas desta Data Fifa, destacando suas qualidades dentro e fora de campo.
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Goleiro Hugo Souza em ação pelo Timão (Foto: reprodução/Instagram/@hugosouza)
Segundo Ancelotti, o camisa 1 do Corinthians é um goleiro que se destaca em momentos decisivos, como disputas de pênaltis, e tem características que o tornam confiável para um contexto de alto nível. “Estamos analisando essa possibilidade. Hugo é um goleiro que tem bom desempenho em situações decisivas e apresenta um comportamento que transmite segurança. Acreditamos que ele merece uma chance para se adaptar melhor ao grupo e ao estilo da Seleção”, declarou o técnico em entrevista coletiva.
Além de igualar o feito de Dida, Hugo pode encerrar um ciclo de participações limitadas de jogadores do Corinthians na Seleção Brasileira. O último a atuar pela equipe foi Yuri Alberto, que teve poucos minutos no amistoso contra o Marrocos. Antes disso, outros nomes como Fagner, Cássio, Rodriguinho e Renato Augusto também tiveram participações esporádicas, geralmente em jogos amistosos ou eliminatórias, sem sequência ou protagonismo.
Um novo ciclo para o Corinthians na Seleção?
Se for confirmado entre os titulares no confronto contra o Japão, Hugo Souza não apenas atingirá uma marca pessoal de grande relevância, mas também poderá simbolizar um novo ciclo para o Corinthians na Seleção Brasileira. A última vez que um jogador do clube atuou pela equipe principal foi em 2023, quando Yuri Alberto entrou nos minutos finais de um amistoso contra o Marrocos, sem tempo suficiente para causar impacto.
Antes dele, o lateral-direito Fagner foi o representante mais presente, somando 180 minutos em compromissos amistosos realizados em 2019. Já Cássio, também goleiro e ídolo do clube, participou brevemente de um amistoso em 2017, entrando apenas no segundo tempo. Na mesma temporada, o meia Rodriguinho teve chance semelhante, com 57 minutos em campo. Um pouco mais distante no tempo, em 2015, Renato Augusto viveu um período mais ativo, atuando por 117 minutos durante as Eliminatórias para a Copa do Mundo.
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Fagner em ação pelo Timão, clube onde construiu boa parte de sua carreira (Foto: reprodução/Instagram/@fagneroficial23)
Essas participações, ainda que relevantes, mostram um padrão de presença pontual e de curta duração. Assim, a possível titularidade de Hugo Souza vai além do simbolismo. Representa a possibilidade de um jogador do Corinthians reassumir um papel de destaque em uma Seleção em processo de reformulação, sob o comando de Carlo Ancelotti.
Caso tenha um bom desempenho, Hugo poderá abrir caminho para que mais atletas do clube sejam observados com atenção nas próximas convocações. A aposta da comissão técnica em sua personalidade e preparo pode ser um divisor de águas não apenas para sua trajetória pessoal, mas também para recolocar o Corinthians em evidência no cenário da Seleção Brasileira, algo que, historicamente, já foi muito mais comum.