No dia 29 de dezembro de 2013, a vida do heptacampeão mundial de Fórmula 1 Michael Schumacher se transformava de forma inimaginável, após um grave acidente de esqui nos Alpes franceses, onde, esquiando, ele bateu a cabeça em uma pedra. Mesmo após dez anos do ocorrido, o estado de saúde do ex-piloto alemão continua sendo um mistério.
Desde o acidente, sua condição vem sendo alvo de incontáveis especulações, todas negadas pela família, que, apesar disso, nunca divulgou boletins médicos para o público ou imprensa. Sendo assim, nos últimos dez anos, seu estado de saúde vem sendo um dos maiores mistérios no mundo não só da Fórmula 1, mas do esporte.
O acidente de Michael Schumacher
Michael Schumacher estava de férias quando sofreu um traumatismo craniano durante um passeio de esqui em Méribel, na França, no final de 2013. Ele já estava aposentado pela segunda vez na Fórmula 1 quando tudo aconteceu. O acidente, que aconteceu em uma área não demarcada entre duas pistas, deixou o piloto em coma por seis meses. Logo depois, ele foi transferido para casa, onde seguiu afastado do público e da mídia. O piloto está para completar 55 anos, e tinha 44 na época do acidente.
O irmão de Michael, Ralf Schumacher, recentemente declarou à imprensa alemã que é possível que o multicampeão nunca se recupere totalmente das condições em que se encontra.
Tratamento em uma Mercedes
Recentemente, saiu nos jornais um suposto tratamento que Schumacher teria feito atualmente utilizando sons de carros, mais especificamente, uma Mercedes, última equipe a qual ele fez parte na Fórmula 1, para estimular o cérebro do piloto dando voltas no carro.
O jornal alemão Bild afirma que a equipe médica de Schumacher é composta por ao menos 15 profissionais, mas não aprofundou maiores detalhes sobre como são feitos os tratamentos com estímulos sonoros.
Michael e Corinna em Madonna di Campiglio, em 2005 (Foto: Reprodução/Itatiaia)
O pouco que se fala sobre seu estado de saúde
Vez ou outra, alguns amigos da família ou até pessoas que conviveram com Schumacher durante sua carreira na Fórmula 1, comentam sobre seu estado de saúde, mas sem entrar em detalhes, mostrando respeitar a decisão de Corinna Betsch, esposa do piloto, de manter a privacidade de toda a situação.
Mesmo em eventos públicos, como nas aparições de Mick Schumacher e em sua entrada na Fórmula 1, não se teve notícias sobre a saúde de Michael. Mick evitou responder perguntas sobre o pai e foi orientado pela jornalista Sabine Kehm, empresária do pai e responsável também pela gestão das informações sobre a saúde dele.
Stefano Domenicali, atual chefe da Fórmula 1, recentemente fez uma declaração significativa sobre Schumacher em entrevista ao La Gazzetta dello Sport mas, mesmo com a declaração, sua atual condição continua sendo um mistério para todos:
“O acidente dele em Méribel parece que foi ontem, são episódios que mudam sua vida. Por respeito a ele e a sua família, devemos ficar perto dele, esta situação difícil permanece [...] viver assim por dez anos é algo que você nunca desejaria nem para o pior inimigo”.
O ex-presidente da FIA e também ex-chefe da Ferrari, Jean Todt, é um dos poucos que mantém contato com a família, afirmando ter assistido corridas de Fórmula 1 ao lado de Schumacher após o acidente, mas sem revelar o verdadeiro estado de saúde do heptacampeão, o que só aumenta a curiosidade dos fãs do esporte e, principalmente, do piloto.
Foto Destaque: Michael Schumacher (Reprodução/UOL)