Fazer história no esporte é para poucos. Agora, ser uma referência em sua modalidade e ainda se tornar exemplo fora dos ambientes de competição é algo que só as grandes lendas são capazes de realizar. Em um segmento que ainda hoje há muita desigualdade, atletas de diferentes ramos quebraram barreiras e se transformaram em verdadeiras referências e inspiração para outras mulheres e as novas gerações.
Das quadras de tênis às mesas de poker, cinco campeãs são mais do que um espelho para as meninas que sonham em chegar no topo do esporte. Confira abaixo:
Serena Williams
Dona de 23 troféus de Grand Slam, a segunda maior marca da história (atrás apenas das 24 conquistas da australiana Margaret Court), a tenista norte-americana possui em sua galeria outros tantos feitos, como as quatro medalhas olímpicas de ouro (três nas duplas e uma em simples) e cinco WTA Finals. Não à toa, é considerada por especialistas como uma das melhores jogadoras de todos os tempos.
Ao longo de sua vitoriosa carreira, defendeu diferentes causas como a igualdade de prêmios entre homens e mulheres no circuito, dentre outras pautas. Fora das quadras, é uma grande porta-voz dos direitos femininos e na luta contra o racismo. Sua história e os sacrifícios de seu pai para que ela e a irmã mais velha Venus se tornassem tenistas de sucesso são retratados no premiado filme “King Richard: Criando Campeãs".
Vanessa Selbst
Mulher mais premiada da história do poker e única atleta feminina a alcançar a primeira posição no ranking mundial da modalidade, Vanessa Selbst é, sem dúvidas, uma lenda do esporte da mente. Hoje com 38 anos de idade, a jogadora nascida no Brooklyn, em Nova York, é também dona de três braceletes do World Series of Poker, espécie de Copa do Mundo do jogo de cartas.
Além de dominar as mesas na principal categoria da modalidade, o Texas Hold’em, Vanessa tem grandes projetos fora do esporte. Formada em Direito e em Ciências Políticas, ela trabalha no mercado financeiro e é uma grande ativista de causas sociais, se tornando um exemplo para outras mulheres ao redor do planeta.
Marta
Única mulher eleita seis vezes a melhor jogadora de futebol do mundo, a alagoana de Dois Riachos é considerada por muitos a maior referência feminina da modalidade. Entre títulos e façanhas por clubes e seleção, a Rainha se tornou em 2019 a maior goleadora da história das Copas do Mundo, considerando tanto a competição feminina quanto a masculina.
Em 2009, ela foi listada pela Revista Época como um dos 100 brasileiros mais influentes do ano. Atualmente, Marta é embaixadora do Programa das Nações Unidas pelo Desenvolvimento e tem como missão promover e participar de ações em comunidades carentes, defendendo o esporte como ferramenta em busca da igualdade social e de gênero. Além disso, foi nomeada pela ONU como defensora dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Rafaela Silva
Primeira brasileira campeã mundial de judô, em 2013, a carioca é também a única atleta da modalidade, entre homens e mulheres, a faturar os títulos do Campeonato Mundial e dos Jogos Olímpicos, feito alcançado na edição do Rio-2016. Em 2022, ela repetiu a marca e conquistou outro ouro na Copa do Mundo, além de ter em sua galeria outras cinco medalhas: três pratas e dois bronzes.
Praticante do judô desde os cinco anos de idade em um projeto social, Rafaela sofreu com preconceitos raciais e de gênero durante toda a sua vida, inclusive ouvindo que não seria capaz de completar os estudos por causa do esporte. Hoje formada em Educação Física, ela é uma das grandes figuras esportivas do país e modelo de inspiração para novas lutadoras.
Ronda Rousey
Muitas pessoas conhecem a lutadora Ronda Rousey por seu sucesso no MMA, mais especificamente pelos títulos e recordes no Ultimate Fighting Championship. Mas, muito antes de brilhar nos octógonos do UFC, a norte-americana foi uma referência no judô, sendo a primeira mulher medalhista olímpica de seu país, com o bronze em Pequim-2008, dentre outras conquistas.
Mas o grande legado de Ronda para o esporte é a sua representatividade. Seja qual for a modalidade, ela abriu de vez as portas às mulheres nas artes marciais, antes predominantemente praticada pelos homens, quebrando barreiras e dando visibilidade para as lutadoras. Fora das arenas de combate, costuma apoiar causas ligadas aos direitos femininos.
Foto Destaque: Reprodução