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Diniz reconhece City como "melhor time do mundo" mas acredita em vitória do Fluminense

Ciente das dificuldades em enfrentar o time estrelado comandado por Pep Guardiola, o treinador não pretende abrir mão das qualidade que trouxeram o tricolor até aqui: "não nos impede de sonhar"

21 Dez 2023 - 15h00 | Atualizado em 21 Dez 2023 - 15h00
Diniz reconhece City como 'melhor time do mundo' mas acredita em vitória do Fluminense Lorena Bueri

Na tarde desta sexta-feira (22), Fluminense e Manchester City, da Inglaterra, entram em campo às 15h (Brasília) em disputa pelo título no torneio Mundial de Clubes. Hoje, véspera da grande final, o treinador Fernando Diniz concedeu uma longa entrevista coletiva. O comandante comentou sobre a qualidade dos adversários e, entre outros assuntos, falou sobre a ambição do clube carioca, a preparação e trabalho intensos, e das falas referentes à preleção conduzida na partida anterior.

Momento único

“É o jogo mais importante da minha vida”. Foi assim que Fernando Diniz definiu o confronto contra o Manchester City, da Inglaterra, mas sempre sendo cuidadoso ao valorizar cada partida. “O próximo jogo é sempre o mais importante. Também coincide de ser o jogo, historicamente mais singular. Decisão de título mundial. Contra um dos melhores times da história do futebol mundial e um dos maiores treinadores”, completou.

O treinador da equipe carioca tratou a decisão com a devida importância, mas afirmou que tudo é fruto de um processo que começou bem antes, um sonho natural de todo atleta e quem está envolvido com futebol. “Para a gente, é um grande desafio. Trabalhamos muito para essa partida. Desde quando cheguei no Fluminense, sonhamos com isso. Desde que me conheço, sonho com isso [...]”, ressaltou Diniz.

Ele também comentou um pouco sobre a postura do time carioca, em sua primeira vez na competição, diante de um adversário amplamente qualificado. Em reação à equipe inglesa, descrita por Diniz como “melhor time do mundo”, o treinador promete não abrir mão do estilo e princípios que o elenco tem apresentado em toda a temporada. Descrente de uma "fórmula mágica" para alcançar o objetivo almejado, afirmou que “vamos enfrentar o melhor time do mundo, mas isso não nos impede de sonhar e fazer o nosso melhor [...]. O Fluminense vai jogar como um time que acredita nos seus valores e que acredita que as coisas são possíveis”.


Fluminense treina para enfrentar City pelo Mundial de clubes.

Fluminense treina para enfrentar City pelo Mundial de clubes (Foto: Reprodução/Instagram/@fluminensefc)


Crítica ao gramado e leitura sobre o Brasil

Em tom de críticas, Diniz aproveitou para comentar o estado do palco onde o espetáculo ocorrerá. Em sua avaliação, e de sua comissão técnica e jogadores, o gramado do Estádio King Abdullah dos parâmetros do campo aonde o elenco tem realizado os treinamentos – localizado no mesmo complexo. “Nosso estilo de jogo vai ser mantido, só vamos corrigir para não errarmos como contra o Al Ahly. O campo de treinamento é muito diferente do estádio. A grama está muito mais baixa no estádio. Muito molhado”, declarou Diniz, que também compartilhou a informação de que o clube brasileiro pediu que o corte da grama fique semelhante da altura vista de onde os jogos são disputados. “Sentimos muito essa adaptação. Tivemos nervosismo e também erramos por conta da adaptação do campo. Parece os campos de grama sintética do Brasil. Isso muda o aspecto do jogo”, observou.

Outro tópico da coletiva, Diniz foi perguntado em relação a sua fala durante a partida contra o Al-Ahly, do Egito, pela semifinal do torneio. Em um bastidor do momento divulgado pelo clube ontem, Diniz aparece reunindo os jogadores e fazendo um discurso de motivação, um apelo à alegria, coragem e confiança da equipe. Declarou ter sido “uma fala muito espontânea da minha parte. Tem muito a ver com aquilo que penso do futebol, da vida. No Brasil, eu como sou um brasileiro típico, tenho sangue de europeu, de índio e de negro [...]”.

Corre na minha veia. Tenho orgulho de pertencer a um país que tem muita coisa boa. Mas é um país muito injusto socialmente, que exclui muita gente. O pobre sofre mais. O jogador de futebol, quase todos eles, são pobres. Os que atingiram alto nível, não. Mas a maioria é”, destacou. Para ele, esse componente da desigualdade social, onde muitos atletas são provenientes de favelas e outros locais subalternizados, é muito importante para entender o estilo e particularidades do brasileiro. Na mesma linha, fez um apelo à luta contra o racismo e discriminação no país.

Foto destaque: Diniz esteve em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (Reprodução/Trivela/Iconsports)

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