O Santos Futebol Clube, tradicionalmente uma potência do futebol brasileiro, atravessa um período de instabilidade e crise na Série B do Brasileirão. Após disputar a final do Campeonato Paulista há apenas dois meses, o time agora encontra-se fora do G-4 e sem vencer há três rodadas. A situação alarmante inclui derrotas consecutivas, jogadores no departamento médico, descontentamento com a logística e cobranças públicas da diretoria e torcidas organizadas.
Lesões e problemas no departamento médico
O desempenho do Santos na Série B tem sido prejudicado por uma série de lesões em jogadores-chave. Nas últimas quatro rodadas, vários titulares, como os atacantes Guilherme, Julio Furch e Pedrinho, além do volante João Schmidt, o lateral Aderlan e o goleiro João Paulo, foram para o departamento médico. Essas ausências obrigaram o técnico Fábio Carille a fazer constantes mudanças na equipe, resultando em uma queda de rendimento. O impacto dessas lesões é significativo, já que o time não conseguiu manter a mesma qualidade em campo sem esses jogadores essenciais.
Santos sendo vice-campeão do campeonato paulista de 2024 (Reprodução/Alexandre Schneider/Getty Images)
Planejamento logístico e cobranças Públicas
Além das lesões, o planejamento logístico da equipe também contribuiu para a crise. O Santos vendeu o mando de campo do jogo contra o Botafogo-SP para Londrina, recebendo R$ 600 mil pela transação. No entanto, a experiência foi negativa devido ao baixo público e à sensação de jogar em um estádio vazio. A derrota por 2 a 1 para o então lanterna Botafogo-SP afetou ainda mais a confiança da equipe. Além disso, uma viagem desgastante para Novo Horizonte deixou os jogadores insatisfeitos. A situação piorou quando o presidente Marcelo Teixeira e o executivo Alexandre Gallo criticaram publicamente o elenco, indicando possíveis mudanças e reforços necessários para a equipe voltar à elite do futebol brasileiro.
As cobranças das torcidas organizadas no CT Rei Pelé também evidenciam a crise. Embora não tenha havido relatos de violência, a presença das torcidas criou um ambiente de tensão e cobrança. Os jogadores, apesar de insatisfeitos com a situação, ouviram as críticas sem contestar, refletindo a gravidade do momento.
O Santos, que começou a temporada com esperanças de uma Série B tranquila, agora enfrenta desafios significativos para retornar à zona de classificação para a Série A e alcançar o título da competição.
Foto destaque: Fábio Carille, técnico do Santos, em treino do time paulista (Reprodução/Ivan Storti/Santos)
